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Dólar e Bolsa sobem, com tensões na Ucrânia e pacote fiscal no radar; Petrobras dispara

Às 12h18, a moeda norte-americana subia 0,18%, a R$ 5,822. Já a Bolsa avançava 0,76%, aos 127.887 pontos, com apoio da disparada da Petrobras.

O dólar apresenta leve alta nesta sexta-feira (22), em meio à cautela global diante do aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia e à espera prolongada pelo pacote de corte de gastos prometido pelo governo brasileiro.

Às 12h18, a moeda norte-americana subia 0,18%, a R$ 5,822. Já a Bolsa avançava 0,76%, aos 127.887 pontos, com apoio da disparada da Petrobras.

Na noite de quinta-feira, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) adiou mais uma vez o anúncio das medidas fiscais esperadas desde o final das eleições municipais, em 27 de outubro.

O pacote ficará para semana que vem, informou o chefe da ala econômica do governo. Ele também anunciou que será feito um bloqueio adicional em torno de R$ 5 bilhões no Orçamento de 2024 e descartou a necessidade de um novo contigenciamento.

O valor do novo bloqueio se soma aos R$ 13,3 bilhões que já estão travados hoje no Orçamento de 2024. A divulgação oficial do relatório de avaliação de receitas e despesas está programada para esta sexta.

Medidas para garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal -o conjunto de regras que visa garantir o equilíbrio das contas públicas do país- têm sido cobradas pelo mercado desde o começo do ano.

Para os agentes financeiros, é preciso ajustes na ponta das despesas, e não só reforços na arrecadação, para diminuir a dívida pública.

O pacote de contenção de gastos foi prometido ainda em meados de outubro pela ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), e, desde então, o mercado tem andado em compasso de espera, ora de forma otimista, ora impondo pressão sobre o câmbio.

“A prorrogação continua gerando ansiedade nos investidores, e, com isso, há uma oscilação negativa do real, embutindo os prêmios de risco no câmbio”, diz Lucélia Freitas Aguiar, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

O tamanho do corte é estimado por integrantes do governo em R$ 70 bilhões -entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões em 2025, e de R$ 40 bilhões em 2026.

A cautela no meio doméstico ainda vem associada à guerra da Ucrânia, foco das atenções do exterior.

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