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Efeito tsunami

De um lado, governistas anunciam que se for confirmado o rompimento do PMDB, 500 cargos ficarão vagas para os que quiserem barrar o impeachment. Do outro, a OAB procotolou novo pedido que inclui a delação do senador Delcídio do Amaral e a nomeação de Lula para a Casa Civil, e a poderosa Fiesp anunciou divulgação de documento assinado por mais de 100 entidades da indústria, comercio, serviços e agricultura, em apoio ao impedimento da presidente Dilma.

Qual desses fatos influenciará mais o PMDB, hoje? A decisão do diretório do Rio de Janeiro, considerado o mais governista de todos os Estados, de apoiar o rompimento, provocou efeito dominó. Vários outros estão se posicionando pelo afastamento, entre eles Minas Gerais e a Paraíba. Daqui são oito votos no Diretório, mas como é vice-presidente do Conselho de Ética, o deputado Raniery Paulino vai se abster.

Os paraibanos sempre foram próximos a Michel Temer e partilham sua decepção pelo PMDB não ter conseguido influir nas políticas de governo e a preocupação com a paralisia na administração federal que está agravando a crise econômica que afeta todos os brasileiros. Se não são ouvidos, não aceitam dividir o ônus das decisões do governo.

Aliás, na bancada paraibana, a exceção de Raimundo Lira que está há apenas 15 meses no Senado (assumiu a vaga de Vital Filho quando ele foi para o TCU) todos têm queixas pelo tratamento recebido, mas relevavam em razão da orientação do partido. Descartam prejuízo não apenas pela perspectiva de poder com Michel Temer, mas porque não teriam cargos relevantes a entregar.

Cientes de que a maioria votará pelo desembarque, os articuladores de Dilma agora tentam conseguir que ministros e estrelas do partido como o ex-presidente José Sarney e o presidente do Senado, Renan Calheiros não participem do encontro para reduzir o impacto da perda do que era o fiel da balança sobre outros partidos.

A agenda da semana é para coração forte. Ontem foi a OAB, amanhã o STF deve julgar recurso sobre a posse de Lula na Casa Civil, e na quinta o BC divulga a inflação do trimestre, com análise da recessão e projeção do PIB. Mas é a decisão do PMDB a maior ameaça ao governo. E seu efeito tsunami no Congresso.

Torpedo

“A sociedade tem, agora, uma resposta consistente da Ordem dos Advogados do Brasil, baseada em fatos e leis. A entidade não renunciará ao papel de protagonista nesse processo, defendendo a posição tomada pela classe”.

Do presidente da OAB, Claudio Lamachia, sobre o pedido de impeachment de Dilma que protocolou, ontem, na Câmara.

Sem perdão

Cássio Cunha Lima protocolou representações contra o ministro Aloizio Mercadante na PGR e Comissão de Ética. Diz que gravação feita por assessor mostra que ele tentou impedir delação de Delcídio do Amaral.

Candidatos

O PMDB filiou 15 pré-candidatos a vereador. Ao apresenta-los, o deputado Manoel Júnior disse que a chapa terá 41 nomes, e acredita que garantirão ao partido pelo menos seis cadeiras na Câmara de João Pessoa.

Em análise

O presidente da Câmara de João Pessoa, Durval Ferreira nega que tenha arquivado a CPI da Lagoa. Pode até tomar a decisão, mas por enquanto essa e mais três outras CPIs estão na Procuradoria, aguardando parecer.

Na aliança

Aliás, o PP de Durval Ferreira fechou apoio à reeleição do prefeito Luciano Cartaxo. No anúncio, o deputado Aguinaldo Ribeiro explicou que a base foi ouvida e definiu a aliança. É o oitavo partido com Cartaxo.

Zigue-Zague

Novas manifestações contra o impeachment e a favor da presidente Dilma estão marcadas para o dia 31. Em João Pessoa será no Ponto de Cem Réis.

O líder da oposição na Assembleia, Renato Gadelha defende eleições gerais como solução para a crise. Diz que é hora de esquecer siglas e pensar no Brasil.

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