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El Niño: Paraíba deve ter temperaturas acima da média no verão, aponta meteorologista

Meteorologista apontou diferença no regime pluviométrico entre as regiões do Brasil e prevê altas temperaturas na Paraíba
El Niño
(Foto: Arquivo/Jornal Correio)

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) estima que os efeitos do fenômeno El Niño serão sentidos pelo menos até abril do próximo ano. No entanto, a previsão é é que o calor extremo seja sentido no Sudeste e no Centro-Oeste. Efeitos de seca devem ser ainda mais percebidos no Amazonas, além das chuvas intensas no Sul do país. E quais os efeitos poderão ser percebidos na Paraíba?

O El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de Leste para Oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. Ele ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio, com início quase sempre nos últimos meses do ano.

Durante o El Niño, chove com intensidade e frequência no meio do Oceano Pacífico. Nesse período, o ar quente e seco continua circulando, mas desce no norte da América do Sul, dificultando, assim, a formação de nuvens carregadas e de chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, provocando seca.

O meteorologista e climatologista Ranyere Nóbrega explicou que, por conta dos efeitos do El Niño, a Paraíba e o Nordeste devem sentir os efeitos das altas temperaturas no curso do verão que está por vir.

“No caso da Paraíba e do Nordeste, a diminuição das nuvens é o que vai fazer com que as temperaturas aumentem. Como é um sistema que produz diminuição de chuvas, também irá produzir diminuição na quantidade de nuvens. Na Paraíba, quando a temperatura diminui, é porque tem nuvem no céu. Isso irá acontecer no verão, com o aumento da temperatura acima da média”,

disse Ranyere Nóbrega

O meteorologista comentou que os agravos dos eventos climáticos devem ser mais sentidos pelo Centro Oeste e Sudeste. Ele lembrou também que o Brasil tem uma dimensão geográfica continental e que, por isso, o regime pluviométrico do Sul é diferente do Nordeste.

É importante lembrar que o El Niño começa a se formar no segundo semestre do ano. O período de atuação do fenômeno condiciona as águas a ficarem pelo menos 0,5°C acima da média por um longo período de tempo, quase sempre variando entre seis meses a dois anos.

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