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‘Ele era possessivo’, diz delegado sobre ex-namorado de modelo morta

A Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal deram detalhes, nesta quarta (23), do assassinato da modelo Lourrayne Silva, de 19 anos, encontrada morta no domingo (20) no interior da Paraíba.

Segundo o delegado João Paulo Amazonas, o ex-namorado da vítima, Kennedy Ramon, não aceitava o distanciamento depois que ela foi para Goiânia (GO) e se sentia dono dela. “Ele era possessivo”, afirmou o delegado. Amazonas detalhou como ocorreu o crime, a fuga e a prisão do suspeito. Assista acima à cobertura da TV Correio.

Detalhes do caso

Já se encontra preso na carceragem da Central de Polícia Civil de João Pessoa o homem de 32 anos, apontado pelas investigações como autor da morte, roubo e ocultação do cadáver da modelo paraibana Lorrayne Damaris da Silva, de 19 anos. Ele é ex-namorado da vítima e suspeito de praticar os crimes por não aceitar o fim do relacionamento. A jovem foi morta no último dia 13, por estrangulamento, após ser levada pelo preso para uma casa no município de Lucena, na Grande João Pessoa.

Após o crime, o homem jogou o corpo da moça às margens de uma rodovia e ateou fogo em bolsas, documentos e outros objetos dela. Uma quantia de R$ 8 mil em espécie que estava na bolsa da jovem desapareceu. A Polícia acredita que o suspeito usou o dinheiro na tentativa de fuga. Ele foi preso na Bahia, por policiais militares e rodoviários federais daquele estado e transferido para a Paraíba. O homem permanecerá preso na Central de Polícia Civil de João Pessoa até ser transferido para a Cadeia Pública da cidade de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa.

Os detalhes do crime foram revelados na manhã desta quarta-feira (23) por representantes da Polícia Civil da Paraíba (PCPB) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante uma entrevista coletiva à imprensa. O caso está sendo investigado pela equipe da Delegacia Seccional da cidade de Santa Rita, na Grande João Pessoa, responsável pela segurança da área de Lucena.

Segundo os delegados João Paulo Amazonas e Walter Brandão, que atuam no caso, apesar do crime ter ocorrido no dia 13, a Polícia Civil somente foi informada sobre o fato no dia 16, quando começaram as investigações.

“A vítima é natural de Campina Grande (PB), mas morava atualmente no estado de Goiás. Apesar de não namorar mais com o suspeito, ela ainda mantinha contatos com ele. E disse que voltaria à Paraíba no dia 13 para se submeter uma cirurgia plástica, marcada para terça-feira (15). Ela chegaria em um domingo, para fazer exames na segunda e a cirurgia na terça”, afirmou o delegado João Paulo Amazonas.

“A vítima era muito ingênua e confiou no ex-namorado a ponto de aceitar o convite para ele ir buscá-la no Aeroporto Castro Pinto e levá-la para uma casa alugada pela família dele, no município de Lucena. Mas quando chegou lá, ele tentou se reconciliar com a jovem, mas ela se recusou. Houve uma discussão e a moça terminou morta”, completou Walter Brandão.

O crime ocorreu durante a madrugada de domingo (13). Após matar Lorrayne, o ex-namorado, que confessou o crime durante o interrogatório, disse que colocou o corpo no carro e o jogou na BR 230, nas imediações da região conhecida como ‘Café do Vento’.  Um pouco depois, parou novamente o carro e ateou fogo nos pertences da jovem. Depois fugiu para Campina Grande, onde mora e, de lá, pegou uma carona com um caminhoneiro e seguiu para Rio Grande do Norte. Em terra potiguar, ele pegou outra carona com dois amigos que seguiam para Santa Catarina, no Rio Grande do Sul. Mas, ao passar pela cidade de Eunápolis (BA), foi preso.

De acordo com a Polícia Civil, o preso é um individuo extremamente violento, possessivo e já responde a processos anteriores por prática de violência doméstica, porte de armas de fogo e associação para tráfico de drogas. Ele será indiciado por crimes de feminicídio, roubo e ocultação de cadáver, com várias qualificadoras agravantes, como motivo torpe, sem dar chance de defesa à vítima e fazer emboscada.

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