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Lady deverá ser transferida para ‘lugar mais adequado’

A elefanta Lady deverá deixar o Parque Arruda Câmara (Bica), em João Pessoa, e seguir para um “lugar mais adequado”. A informação é da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), que diz ter tratado o animal da forma correta, mas não faz objeção para que ele seja transferido.

Nesta quarta-feira (7), a Bica recebeu o Núcleo de Justiça Animal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Comissão de Direito animal da OAB, a Assembleia Legislativa da Paraíba e ONGs de proteção animal.

A polêmica em torno da situação da elefanta foi levantada no dia 26 de julho deste ano após perícia de médicos veterinários enviados pelo Ministério Público Federal (MPF) constatarem que o animal sofre maus-tratos e corre risco de morte.

A prefeitura rebateu, discordando dos resultados, e anunciou nova perícia para verificar a situação. Porém, nesta terça-feira (7), a gestão municipal enviou texto à imprensa no qual escreve que a elafanta deve ser transferida para “um lugar mais adequado”.

“A PMJP busca, em parceria com diversas entidades, um novo lugar mais adequado para que a elefanta seja levada, onde possa dar continuidade ao seu acompanhamento de vida em cativeiro e ela tenha uma vida mais semelhante possível ao que teria em seu habitat natural”, diz a prefeitura, mesmo depois de se opor aos resultados constatados pelo MPF.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Abelardo Jurema Neto, o Santuário de Elefantes Brasil já se propôs, via e-mail, a receber Lady e a prefeitura aguarda uma confirmação deles para fazer esta aproximação e verificar in loco com técnicos, a viabilidade e as melhores condições para que a elefanta possa ser transportada para lá ou para “outro espaço onde se verifique melhores condições para o acolhimento e a vida saudável dela”.

De acordo com a prefeitura, o ambiente onde Lady vive na Bica conta com mais de 2,5 mil metros quadrados, com alimentação balanceada e acompanhamento veterinário e de biólogos permanente.

Para receber Lady, em 2014, a PMJP disse que investiu R$ 180 mil na construção de um espaço, em um projeto que  envolveu 50 profissionais, entre engenheiros, arquitetos, pedreiros, eletricistas e especialistas em estruturas.

O recinto tem um fosso de concreto que circula 50% da área, com a função de oferecer segurança ao animal e à população. Tem ainda uma área de cambiamento para tratamento de Lady, tanques de água, de areia e de lama. A área do abrigo é feita com estrutura metálica com troncos de eucalipto tratado e muro de concreto. Segundo a prefeitura, ele foi construído seguindo a Instrução Normativa 169 do Ibama, que institui e normatiza o uso e manejo da fauna em cativeiro no território brasileiro.

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