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O ministro do Turismo, Gilson Machado, concedeu entrevista exclusiva ao programa Correio Debate, da Rede Correio Sat. A conversa aconteceu na sede do Ministério do Turismo, em Brasília, nessa terça-feira (23), e foi transmitida na edição desta quarta (24). Assista ao vídeo no fim da matéria.
Gilson Machado disse que está otimista com a retomada do turismo no Brasil. Citando o Polo Cabo Branco, ele destacou que o Brasil tem 147 novos hotéis de grande porte em construção, totalizando R$ 6 bilhões em investimentos. “Isso é uma prova de que investidores nacionais e internacionais estão confiantes na retomada do turismo no Brasil”, apontou.
O ministro destacou que tem trabalhado pela concessão de crédito para os setores de hotelaria e eventos, que tiveram muitas perdas na pandemia. Entre as iniciativas do Governo Federal, está o Fundo Geral do Turismo (Fugetur).
“No total, colocamos R$ 5 bilhões à disposição. Para o Nordeste, colocamos R$ 500 milhões através do Banco do Nordeste. A gente tem feito tudo que é possível para a retomada do turismo”, disse.
Ainda conforme Gilson Machado, o Ministério do Turismo prepara a campanha ‘Valorize o Brasil’, que divulgará pontos turísticos nacionais como alternativas a destinos internacionais igualmente atrativas. Ele acredita que o turismo local tem grande potencial de crescimento e, durante a pandemia, é mais seguro e econômico.
“O turismo internacional tem uma barreira muito grande ainda, que, ao meu ver, só vai ser transponível quando a gente tiver 100% seguro no tocante a Covid”, avaliou o ministro, acrescentando que os protocolos sanitários de cada país impõem gastos com exames RT-PCR antes e depois das viagens. “Fora que, caso se infecte, o turista precisa passar 15 dias em isolamento antes de retornar ao Brasil, como aconteceu com o ministro Marcelo Queiroga nos Estados Unidos”.
O Ministério do Turismo avalia que milhões de brasileiros que iriam viajar para o exterior agora estão preferindo destinos nacionais. “As companhias aéreas já recuperaram cerca de 90% do número de voos domésticos. Os voos internacionais vão demorar mais”. O cenário, segundo ele, aquece a economia brasileira e tem agradado o governo. “Temos o dever de fidelizar o turista que iria para o exterior, fazer com que ele viaje mais dentro de seu país”.
Na entrevista, Gilson Machado destacou ainda que tem apostado no turismo náutico. Ele falou da isenção de imposto sobre importação de navegações a vela e disse que incentivar o setor proporcionará a geração de mais empregos no Brasil.
“Estamos também fomentando o setor de cruzeiros no Brasil. Nenhum país no mundo tem a vocação para cruzeiros marítimos que o Brasil tem. Lancei um desafio ao presidente da Clia, a associação dos cruzeiros marítimos, para acabar essa história de temporada de cruzeiros. O Nordeste brasileiro tem verão o ano inteiro. O que é que nos impede ter cinco, seis, dez, 12 navios perenemente fazendo rotas em Fortaleza, Natal, João Pessoa, Fernando de Noronha, Recife, Porto de Galinhas, Maragogi? Temos atrativos e temos público para isso”, defendeu.
Gilson Machado também falou que o Ministério do Turismo tem, atualmente, cerca de 3.200 obras espalhadas pelo Brasil. Segundo ele, muitas foram herdadas de governos anteriores.
“São obras que estavam praticamente paradas. Nós não temos a vaidade da paternidade da obra. Temos compromisso com a gestão, compromisso com a entrega. Uma obra parada gera depreciação para o cofre público. A partir do momento que a gente entrega, a gente está devolvendo à sociedade o dinheiro que partiu dela, em forma de equipamento turístico perene que vai ser usado por todos”, pontuou.
A entrevista com Gilson Machado teve produção e coordenação jornalística de Ana Cláudia Brandão e condução de Victor Paiva.
Confira na íntegra:
Sistema Correio de Comunicação.
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