O Botafogo (PB) e o Sport (PE) empataram, em 1 x 1, no Estádio José Américo de Almeida – o “Almeidão”, no final da tarde deste domingo (19), pela primeira rodada da Copa do Nordeste. Logo aos cinco minutos do primeiro tempo, o time paraibano abriu o placar em cima do “Leão” rubro-negro, mas deixou o rival empatar e teve um jogador expulso.
O argentino Frontinne, que chutou no canto esquerdo do goleiro Magrão e abriu o placar para o time do “Belo” no primeiro tempo, foi expulso na segunda fase da partida, após o árbitro Charles Hebert compreender que ele havia se jogado, tentando cavar um pênalti.
Na saída para o vestiário, após ser expulso, o jogador lamentou: “Foi um absurdo, não tinha como eu me jogar em frente ao gol, pois eu estava com a bola dominada”.
O Sport empatou a partida com Felipe Azevedo, aos 10 minutos do segundo tempo, aproveitando uma bola cruzada pelo lado direito da área, sem chances para o goleiro Romerson.
O jogo
O Botafogo começou muito melhor em campo. Logo aos cinco minutos, o atacante Frontini recebeu de Lenílson, driblou dois adversários e mandou uma bomba de fora da área, que foi parar no ângulo, sem chances de defesa.
Hércules toca para Ferreira, que chuta, mas a zaga tira de qualquer maneira, mandando pela linha de fundo. Luciano Amaral cobra o escanteio, manda para a área, Frontini tenta de cabeça, mas manda para fora.
Pio cobra falta e o goleiro faz uma grande defesa. Assim termina o primeiro tempo. Na volta do intervalo, o Botafogo continuou melhor, mas enfrentar um time melhor postado e que atacava mais.
Pio cobra falta, mas o goleiro defende mais uma. Lenílson recebe na pequena área, chuta, mas o goleiro rebate. No rebote, Lenílson novamente tenta e o goleiro segura de novo.
Aos dez minutos, Felipe Azevedo recebeu lançamento de Marcelo Cordeiro e bateu de primeira para empatar o placar. Logo depois, Frontini recebeu na pequena área, tentou driblar o goleiro, mas acabou levando uma pisada no pé e caiu no chão. O árbitro não viu o lance e entendeu como simulação de pênalti, punindo o atacante com o cartão amarelo, o segundo do atleta no jogo, ocasionando a expulsão.
Mas o time não se abateu. Ferreira cobrou falta e mandou direto, mas o goleiro defendeu. Pio cobrou escanteio, Magno Alves, na pequena área, meteu a cabeça, mas a bola foi pela linha de fundo.
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A partida foi movimentada dentro de campo. Fora do estádio o clima foi tenso entre os torcedores. De acordo com o tenente coronel Anchieta Leite, 300 policiais integrantes de tropas especiais e policiamento ordinário acompanharam a partida, com o objetivo de manter a segurança no estádio. “Contamos com câmeras de monitoramento para inibir ações violentas. Tivemos todo um aparato, para que os torcedores pudessem ter momentos de tranquilidade”, disse.
Vinte minutos antes do início do jogo, torcedores do Botafogo teriam passado por trás de onde estavam torcedores do Sport, tendo os visitantes, não aceitado a presença dos botafoguenses e indo de encontro a polícia.
O clima de tensão permaneceu até mesmo entre os jogadores. Richeli (Sport) e Lenílson (Botafogo) se estranharam em campo, logo após o início do 2º tempo, mas foram contidos pelos demais atletas.
Foto: PM isolou as duas torcidas, montando duas filas entre as arquibancadas
Créditos: Reprodução/Twitter/Daniel Leal
Foram disparadas balas de borracha para controlar a ‘euforia’ dos torcedores de Pernambuco. Apesar do conflito, segundo a assessoria da PM, ninguém foi detido ou ficou ferido.
Ao lado da família, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, chegou por volta das 14h30 ao estádio e ressaltou a importância da participação do “Belo” em mais uma competição nacional. “O Botafogo está entrosado e deve nos representar muito bem na Copa do Nordeste”, disse o prefeito.
Agnaldo é homenageado
A diretoria do Botafogo deu prosseguimento às homenagens feitas aos ex-atletas que fazem parte da história do clube. Neste domingo (19), antes da partida diante do Sport, foi a vez do ex-atacante Agnaldo.
Pertencente ao time da década de 1990, Agnaldo é o segundo maior artilheiro do alvinegro da estrela vermelha, com 101 gols marcados, ficando atrás apenas de Chico Matemático. Foi também o maior goleador do país em 1992, com 35 tentos assinalados.
“É uma grande alegria receber esta condecoração, este reconhecimento da diretoria e da torcida. Eu só tenho a parabenizar a diretoria por este gesto”, declarou o ex-jogador. Ele recebeu das mãos do vice-presidente do Departamento Social, Francisco Di Lorenzo Serpa, um Diploma de Honra ao Mérito, e do vice-presidente do clube, Francisco de Assis, uma camisa oficial com seu nome gravado.
Agnaldo também se declarou emocionado com o ato. “Eu estou honrado com tudo isso. Entre tantos que fizeram esta história tão bonita do Botafogo, eu fui lembrado”, salientou após receber os presentes.
A torcida ovacionou o ídolo e ele agradeceu indo ao encontro dos botafoguenses que ocupavam a arquibancada. O Botafogo está resgatando a sua história, levando para os jogos estes nomes que estão escritos entre suas glórias.
Confira escalação dos times:
Sport – Técnico: Geninho
Magrão (goleiro), Patrick, Oswaldo, Perrón, Marcelo Cordeiro, Rodrigo Mancha, Naldinho, Richeli, Aílton, Felipe Azevedo e Sandro.
Botafogo -Técnico: Marcelo Vilar
Reberson (goleiro), Ferreira, Magno Alves, André Lima, Luciano Amaral, Zaqueu, Hércules, Pio, Lenílson, Rafael, e Frontine
Arbitragem: Charles Hebert (central), Carlos Jorge (auxiliar) e Adeílton Guimarães (auxiliar).