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Em Nota, PT diz que a luta continua e veta alianças nas próximas eleições com partidos golpistas

Na manhã desta segunda-feira (18), dirigentes e parlamentares do Partido dos Trabalhadores da Paraíba se reuniram para analisar os últimos acontecimentos a partir da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).

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Na reunião foi produzida uma nota que enfatiza o caráter ilegal do impeachment liderado por um réu no STF que atua “contra uma mulher que não tem contra si nenhum processo ou acusação em sua vida pública ou privada”, além de “uma Câmara dos Deputados que, em sua maioria, é composta por parlamentares comprovadamente corruptos sustentados financeiramente pelas propinas articuladas pelo presidente da Casa”.

Para Giucélia Figueiredo, presidente estadual do PT da Paraíba, cabe à Frente Brasil Popular pensar os próximos passos, já que agora o processo segue para o Senado Federal: “Ontem perdemos uma batalha, mas esta é uma longa disputa. As forças democráticas já são maioria nas ruas e na opinião pública. A Câmara dos Deputados não espelha o que está posto nas ruas de nosso país, que é a defesa intransigente da democracia. A luta apenas começou”.

No texto também foi acrescentado que o partido irá vetar alianças nas eleições municipais de 2016 no Estado com os partidos que aderiram na Câmara dos Deputados ao impeachment.

Leia a Nota na integra:

O Brasil amanheceu ferido pelo desrespeito a Constituição e manchado por mais um golpe em curso em nossa história. Depois de não reconhecer o resultado das urnas em 2014, a direita tenta tirar do governo de forma ilegítima a presidente Dilma Rousseff, para atacar todos os direitos sociais conquistados pelos 13 anos de governos petistas e pela Constituição de 1988.

Há um processo ilegal de impeachment, liderado por um réu no STF, por vários crimes de corrupção, contra uma mulher que não tem contra si nenhum processo ou acusação em sua vida pública ou privada. O golpe atende a interesses do grande empresariado, sobretudo os que se organizam a partir da FIESP, dos banqueiros organizados na FEBRABAN, pelo agronegócio e pela grande mídia, liderada pela Rede Globo, Folha de São Paulo, Veja e seus medíocres replicadores regionais.

Uma Câmara dos Deputados que, em sua maioria, é composta por parlamentares comprovadamente corruptos sustentados financeiramente pelas propinas articuladas pelo presidente da Casa. É desta forma, aliás, que Eduardo Cunha mantém sua nefasta maioria.

O fato é que, diferente de seus acusadores, a presidente Dilma Rousseff não consta em listas de propinas de empreiteiras, tampouco possui recursos ilegais em contas no exterior. Em seu governo, não há nenhum dolo, falcatrua ou prejuízo ao erário público. Diferente dos golpistas, Dilma não consta nas investigações da operação Lava Jato.

O golpe também é uma ação orquestrada e operada dentro do Palácio do Jaburu, residência oficial do Vice Presidente Michel Temer, que conspira contra a democracia desrespeitando a soberania popular e o voto de 54 milhões de brasileiros e brasileiras.

Os golpistas ganharam apenas uma batalha. Temos muita luta pela frente e caberá ao Senado Federal ouvir a voz das forças democráticas de nosso país, enterrando de vez o escárnio à nação promovido por Eduardo Cunha e Michel Temer.

Não poder haver paz nem respeito para com os parlamentares que votaram a favor do golpe. Devemos, desde já e, sobretudo, no próximo dia 21 de abril denunciar cada um destes mercenários como traidores da pátria.

Neste sentido, a Direção Estadual do PT da Paraíba, sua Bancada Estadual, a Direção do PT em João Pessoa e seu representante na Câmara Municipal, vem à público decidir e orientar sua base social no seguinte sentido:

1. Continuar e intensificar a nossa participação na Frente Brasil Popular, que aglutinando os setores de esquerda e progressistas da sociedade, está enfrentando o golpe em curso;

2. Cobrar do Governo Federal, composição de um novo ministério compactuando com as forças democráticas e imediata mudança na política econômica, medida da qual depende em grande parte o nosso êxito na luta pela democracia.

3. Vetar qualquer aliança nas eleições municipais de 2016 na Paraíba, com os partidos que aderiram na Câmara dos Deputados ao golpe contra a democracia.

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