A Prefeitura de Bayeux, na Grande João Pessoa, registrou um aumento de mais de 70% no número de prestadores de serviço entre os meses de janeiro e junho deste ano. Os dados estão disponibilizados no sistema Sagres, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB).
O município, inclusive, vive uma crise administrativa desde o mês de julho do ano passado, quando o prefeito afastado Berg Lima foi filmado recebendo suposta propina de um empresário da cidade. Após o afastamento do gestor, o então vice-prefeito Luiz Antônio (PSDB) assumiu a prefeitura, e depois cassado pela Câmara Municipal, que deu posse ao presidente da Casa, vereador Noquinha.
De acordo com o levantamento em janeiro deste ano, o município possuía 1294 prestadores de serviço (PS), aqueles funcionários contratados sem concurso público, por conta de excepcional interesse público. No mesmo mês, o número de cargos comissionados era 271.
Já no mês de junho – último disponibilizado para consulta pelo TCE-PB – houve um aumento significativo de prestadores de serviço no município. A quantidade de ‘PS’ na prefeitura pulou para 2222. O número de cargos comissionados também registrou aumento e ficou em 291 servidores.
O detalhe é que enquanto o número de funcionários contratados em concurso aumentou mais de 70%, o quantitativo de efetivos, ou seja, aqueles servidores nomeados após aprovação em concurso público diminuiu no período. Em janeiro, os efetivos somavam 1505 pessoas. Já em junho o número passou para 1486 .
Para se ter uma ideia do impacto na folha de servidores, basta comparar o valor total gasto com o funcionalismo no período. De acordo com o levantamento, em janeiro a prefeitura desembolsava R$ 6.340.292,39, enquanto que em junho o valor passou para R$ 7.614.294,61. Com o aumento de servidores, a prefeitura está tendo que pagar a mais o equivalente a R$ 1,27 milhão por mês. Somando-se esses valores, no final do ano o acréscimo para o erário terá sido de mais de R$ 15 milhões.