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Em último dia no Brasil, presidente francês assina ao menos 15 atos com Lula nesta quinta

Emmanuel Macron será recebido no Palácio do Planalto e no Itamaraty e depois se reunirá com o presidente do Senado
Foto: Ricardo Stuckert

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron, da França, assinam ao menos 15 acordos bilaterais nesta quinta-feira (28), último dia do líder europeu no Brasil. Macron e Lula vão se reunir pela manhã no Palácio do Planalto para fechar e anunciar os atos entre os dois países, que devem incluir cooperação técnica da Embrapa com a contraparte francesa, modernização da gestão pública, setor audiovisual e criação de centro de imunologia no Ceará. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

Em seguida, haverá um almoço para o presidente francês no Palácio do Itamaraty. À tarde, Macron vai se encontrar com o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Macron chegou ao Brasil na terça-feira (26) e foi recebido por Lula. Eles seguiram a bordo de um barco pelo Rio Guamá em direção à Ilha do Combu, onde visitaram uma produtora local de cacau. Foi a primeira vez do presidente francês na Amazônia.

Depois, o líder europeu homenageou o cacique Raoni Metuktire, da etnia Caiapó, com a Ordem da Legião de Honra, a mais alta condecoração da França, criada por Napoleão Bonaparte em 1802. Ela é concedida a cidadãos com destaque em atividades no cenário global.

Durante a cerimônia de homenagem a Raoni, Lula voltou a declarar que o Brasil não tem intenção de transformar a Amazônia em um “santuário da humanidade”.

“Queremos compartilhar com o mundo a exploração e a pesquisa, mas queremos que os indígenas possam participar de tudo que for usufruído. E vamos continuar demarcando terras indígenas e fazendo reservas”, afirmou. Em agosto do ano passado, durante agenda em Parintins (AM), o presidente tinha feito a mesma declaração.

Submarino

Nessa quarta (27), Macron e Lula participaram da cerimônia de lançamento ao mar do Tonelero, um submarino convencional de propulsão diesel-elétrica, na Base Naval de Itaguaí (RJ). O equipamento foi construído por meio do Programa de Submarinos (Prosub), numa parceria entre o Brasil e a França feita em 2008.

Durante o evento, Lula afirmou que o Brasil não quer conhecimentos da tecnologia nuclear para fazer guerra, mas, sim, para garantir o recurso a todos os países que querem a paz. O petista anunciou a criação do Comitê Bilateral de Armamento em conjunto com o governo francês.

Mercosul e União Europeia

Até o fim da visita oficial de Macron ao Brasil, os dois presidentes também devem tratar do acordo entre Mercosul e União Europeia. Macron é um dos presidentes europeus mais críticos à parceria.

A avaliação dele é de que as negociações podem afetar negativamente a competitividade dos franceses em relação aos sul-americanos, principalmente, na questão agrícola. As negociações devem ser retomadas neste segundo semestre, e a expectativa do lado brasileiro é de que haja uma conclusão ainda neste ano.

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