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Empresa de JP usava nome de mortos em fraude de TV por assinatura; seis são detidos

Seis pessoas foram detidas, no início da tarde desta quinta-feira (11), suspeitas de participar de uma fraude que utilizava nomes de falecidos para assinaturas de contratos de TV por assinatura. O crime acontecia em toda a Grande João Pessoa e foi descoberto após denúncias de clientes que não aceitavam participar da fraude.


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De acordo com o delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, a empresa terceirizada que praticava o crime tinha sede no Centro da Capital e possuía um banco de dados com nomes de pessoas vivas que moram na Paraíba e em outros estados, além de pessoas já falecidas.

“A empresa tinha esse banco de dados com nomes de pessoas de muitos estados, inclusive, pelo que sabemos, de pessoas mortas. O crime acontecia quando um cliente procurava a empresa para assinar um contrato de TV a cabo, mas não podia celebrar esse contrato porque estava com o nome sujo no comércio. A partir daí, a empresa usava esse banco de dados e selecionava o nome de uma pessoa, viva ou morta, para ficar como contratante e instruía o cliente a se passar por essa pessoa”, disse o delegado.

Com o contrato assinado, as operadoras de TV a cabo ligavam para a casa dos clientes para confirmar os dados pessoais do contrato e liberar o sinal.

As pessoas detidas na sede da empresa são vendedores que podem ou não serem presos em flagrante, já que, segundo o delegado, uma análise precisa ser realizada no banco de dados da empresa para identificar quais vendedores sabiam da fraude.

Ao Portal Correio, o delegado Lucas Sá também informou que os clientes que tinham conhecimento da fraude deverão responder criminalmente.

“Quanto aos vendedores, vamos analisar o banco de dados e confirmar quais deles sabiam da fraude e tiravam proveito disso para que possamos prendê-los em flagrante. Temos informações que alguns clientes não sabiam que estavam participando do golpe, já que a própria empresa conseguia ativar o serviço sem que os clientes precisassem falar com a operadora, então essas pessoas não serão autuadas. Já os clientes que realmente sabiam da fraude e mesmo assim participaram do crime vão ser autuados por falsidade ideológica”, afirmou o delegado.

Vítimas no Serasa

O delegado também contou que, além das denúncias de clientes que não participavam da fraude, o golpe foi percebido pelas vítimas que tinham o nome utilizado na assinatura dos contratos, já que essas pessoas acabavam tendo o nome incluído no Serasa por falta de pagamento.

“Alguns clientes da empresa de João Pessoa não pagavam a mensalidade da TV a cabo e, por isso, o nome das pessoas presentes nos contratos acabavam indo ao Serasa, inclusive o nome de uma pessoa morta que vinha sendo usado em um dos contratos fraudulentos”, concluiu o delegado.

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