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Empresária procurada culpa crise para justificar golpes em pacotes de viagens

Mais clientes procuraram a Delegacia de Defraudações de João Pessoa, nessa quarta-feira (16) para denunciar o golpe da agência de viagens da empresária Mariana Reis, que teve a prisão preventiva decreta pela justiça paraibana. Ela é considerada foragida. O esposo da empresária também é procurado pela Polícia Civil. Ao todo, cerca de 15 pessoas foram prejudicadas. A polícia estima que a fraude gire em torne de R$ 600 mil.

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Nessa quinta, o delegado titular da Defraudações, Lucas Sá, divulgou um áudio de mais de 20 minutos no qual a empresária explica as medidas judiciais que estão sendo tomadas para provar sua inocência na acusação. Mariana diz ainda que não saiu foragida do Brasil e lamenta a morosidade da justiça.

“Eu não sai do Brasil foragida. Estou morando nos Estados Unidos desde janeiro – quase um mês depois – que começaram esses problemas que terminaram com esse mandato de prisão. Estou na expectativa que a justiça seja feita. Já nos defendemos, já mandamos as provas, mas a justiça é lenta. A maior interessada em resolver isso tudo sou eu”, disse a empresária no áudio.

Em outro trecho do áudio, Reis culpa a crise financeira do país pelos problemas na agência. “No segundo semestre de 2015 tivemos quase 300 pedidos de reembolsos. O dinheiro não está comigo, não está com minha agência. Os serviços são feitos por terceirizados e estão com os fornecedores. Mesmo com todo esse problema que estou passando, ainda tem gente me pedindo para fazer viagem”.

Lucas Sá explicou que Mariana e o esposo dela são considerados foragidos depois que tiveram os mandados de prisão expedidos pela justiça. O casal tenta cancelar os mandados, mas, para o delegado, não tem amparo legal. “Já falei com o juiz do caso e ele me garantiu que não há possibilidade do casal conseguir reverter o caso. Eles têm que se apresentar para depois tentar uma liberdade provisória”, comentou.

Entenda o caso

As investigações da Polícia Civil mostraram que Mariana Reis se passava por representante legal de uma empresa de cruzeiros marítimos de nível internacional para praticar a fraude. Após a descoberta do golpe pelas vítimas, a empresária fechou as agências de viagens que funcionavam em João Pessoa e teria fugido. “As vítimas procuraram a DDF e informaram sobre a fraude e a investigação comprovou a conduta criminosa. Então pedimos a prisão preventiva da suspeita. Realizamos várias buscas, mas, infelizmente, ela não foi encontrada em nenhum dos endereços”, disse o delegado Lucas Sá.

A polícia orienta que as vítimas da empresária procurem a delegacia para registrar as fraudes. A Delegacia de Defraudações e Falsificações funciona no prédio da Central de Polícia Civil, no Geisel, na Zona Sul de João Pessoa. O atendimento ocorre das 8h às 18h.

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