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Encurralados

O PT, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e seus aliados sempre apontaram para o juiz Sérgio Moro, mas quem reuniu as provas que podem destruí-los foi um paraibano de Catolé do Rocha, que chegou ao STJ em 2006 depois de fazer carreira no Ministério Público de São Paulo, e agora está no TSE: o ministro Herman Benjamin.

Relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer pela prática de abuso de poder político e econômico na campanha de 2014, Herman Benjamin ouviu os delatores da Odebrecht que contaram quanto doaram – R$ 150 milhões só no ano eleitoral -, em troca do que, e a pedido de quem.

A ação está na fase de alegações finais, mas Herman Benjamin já enviou relatório parcial, com 1.032 páginas, aos demais ministros do TSE, a quem também deu acesso as provas – depoimentos integrais, quebra de sigilos e perícias – para que conheçam profundamente o caso.

Com tantos tendo acesso, o sigilo não resistiu. O site “Antagonista” publicou o depoimento de Marcelo Odebrecht a Herman Benjamin que coloca por terra a tese de que Dilma Rousseff não sabia de nada, de que não negociou ou recebeu dinheiro sujo, assim como o discurso de Lula.

O depoimento é demolidor. Marcelo diz que R$ 50 milhões dos R$ 150 milhões que entregou para a campanha, foram contrapartida pela aprovação de uma lei em 2009 – a MP 470. O dinheiro seria para a campanha de 2010, mas ficou para a de 2014; que recebeu de Dilma instruções sobre pagamentos e que seu interlocutor primeiro foi Palocci e depois Guido Mantega; que Palocci foi indicado por Lula.

Palavras de Marcelo: “Eu falei com ela (Dilma)… olha, Presidente, em 2010, 2009, em 2010, eu falei: Presidente, tudo eu estou tratando com o Palocci, era o meu combinado com o Lula, tá ok? Ela falou: Tá ok’.”

A ex-presidente divulgou nota rotulando declarações de “levianas”. Sobre o jantar com Michel Temer, Marcelo e seu diretor Claudio Melo Filho esclareceram que não trataram de dinheiro com o então vice-presidente, mas com Eliseu Padilha, para apoio a candidatos do PMDB.

Se os olhos estavam voltados para Edson Fachin, o relator da Lava Jato, agora estão em Herman Benjamin, o paraibano que além de expor os “mitos” da política, pode levar o País a uma eleição antecipada.

TORPEDO

“O Brasil precisa de uma reforma política urgente, mas é preciso que a sociedade esteja atenta para cobrar do Congresso o que deve ser mudado. Não pode vir para piorar o que já está ruim. Por exemplo: o voto em lista fechada, que só favorece político que quer se esconder do eleitor.”

Do presidente estadual do PSDB, Ruy Carneiro, sobre a proposta que tira do eleitor o direito de votar em nomes para votar em partidos.

Terceirização

Advogado e de família com tradição no Direito, o vereador Lucas de Brito (PSL) apoiou a decisão da Câmara dos Deputados de aprovar a terceirização do trabalho. Entende que vai estimular criação de empregos.

Quem fez

Lucas criticou os que se posicionaram contra. Lembrou que foi no governo de Dilma que foi criada a Ebseh, que faz a gestão de hospitais públicos no país, e que Ricardo Coutinho terceirizou o Hospital de Trauma.

Eleito

O deputado Wilson Filho (PTB) é o novo presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, que tem entre outras atribuições a tomada de contas do Presidente da República.

Fisiologismo

As declarações da vereadora Raíssa Lacerda (PSD), cobrando contratação de seus indicados pela Prefeitura de João Pessoa, mostram que a política continua sendo uma relação de troca, e que os empregos são moeda forte.

ZIGUE-ZAGUE

O presidente do Senado, Eunício Oliveira quer apressar votação de uma proposta de terceirização mais atualizada do que a aprovada pela Câmara, proposta em 1998.

Já tramita no Senado, oriunda da Câmara, um projeto que foi votado em 2015, que ele acha que pode ser aperfeiçoado para ampliar garantias aos trabalhadores.

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