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Neste domingo (5), 3,9 milhões de estudantes farão a primeira prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em busca de uma vaga principalmente nas tão sonhadas universidades públicas.
A primeira orientação fundamental é que o candidato confirme seu endereço de prova (e de preferência visite o local antes) e imprima o Cartão de Confirmação (tê-lo em mãos é opcional, mas pode ajudar), disponível no site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Segundo normas do edital, a escola em que o candidato fará o exame não deve ficar a mais de 30 quilômetros de distância de sua casa. Mesmo assim, pode não ser simples chegar lá. Por isso, é importante planejar o trajeto com antecedência, seja de carro, seja de transporte público.
O inscrito que cair em um lugar mais distante do que esses 30 quilômetros pode pedir a reaplicação do exame, entre os dias 13 e 17 de novembro.
O professor Paulo Jubilut, dono de um dos maiores canais de educação do país no YouTube e fundador da plataforma pré-vestibular Aprova Total, aconselha o aluno a começar a prova lendo a proposta de redação e os textos complementares.
O ideal é gastar no máximo 90 minutos com a dissertação — assim, sobrarão duas horas para a prova de linguagens e duas horas para a de ciências humanas.
Após esquematizar um esboço do texto, o candidato deve avançar para as questões das disciplinas que mais domina. Neste domingo, elas são: língua portuguesa, literatura, língua estrangeira, geografia, história, sociologia e filosofia.
O inscrito deve, então, escrever a redação (pode optar por dar uma nova olhada nas questões de dificuldade média), passá-la a limpo e só aí partir para aquelas que considerar mais difíceis. Sendo assim, as questões devem ser divididas em:
• Fáceis: para responder primeiro
• Médias: para assinalar, pular e voltar depois que tiver pensado melhor
• Difíceis: para serem deixadas para o fim
Como no Enem colocar título na redação é opcional, Roberta Panza, professora de redação da plataforma Descomplica, recomenda não assumir um risco desnecessário.
“O Enem disponibiliza um número limitado de linhas. Para aqueles com uma caligrafia maior, pode ser um tiro no pé. Mas, se o aluno se sente mais confortável dando o título, recomendo que faça isso só após escrever o texto”, afirma.
A redação do Enem costuma ser comparada a uma receita de bolo, pois, para se sair bem, há um modelo de escrita pré-programado que garante resultados. Para ir ainda melhor, Roberta dá algumas dicas essenciais.
“O vocabulário é fundamental. Uma boa linguagem, rica em advérbios e adjetivos que marquem o posicionamento e dialoguem com o tema, vai fazer o aluno se destacar individualmente.”
Ela lembra que o Enem não é uma prova que valoriza tanto a criatividade, mas sim uma escrita que trabalhe com o tema de forma competente e não deixe lacunas.
“O que coloca o estudante à frente, na hora da prova, é ligar todos os parágrafos com o tema que está sendo proposto, conectando também o problema geral com o recorte escolhido pelo aluno.”
Por fim, o professor Jubilut aconselha não adicionar informações de última hora na redação, “pois isso pode bagunçar o que você já escreveu anteriormente”.
Os candidatos devem apresentar um documento de identificação com foto original em ambos os dias para acessar a sala. São aceitos:
• Documento expedido por Secretarias de Segurança Pública, Forças Armadas, Polícia Militar e Polícia Federal
• Passaporte
• Carta de Habilitação
• Carteira de Trabalho e Previdência Social
• Documentos digitais com foto, desde que sejam apresentados nos aplicativos oficiais: e-Título, CNH digital e RG digital
• Identidade expedida pelo Ministério da Justiça para estrangeiros
• Carteira de Registro Nacional Migratório
Sistema Correio de Comunicação.
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