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Entenda a relação entre acessibilidade e arquitetura

Especialista do Unipê explica contribuição da área na criação de espaços mais acessíveis

Para que a pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida viva plenamente sua cidadania, com autonomia e independência, é preciso haver um conjunto de esforços de várias áreas. Nesse sentido, a acessibilidade possui muitas formas de beneficiá-las, incluindo áreas como a saúde, as engenharias e até as ciências sociais, onde a Arquitetura e Urbanismo se situa.

Mas por que essa última em específico é importante na aplicação da acessibilidade? A resposta é categórica: na verdade, ela é imprescindível justamente na criação espaços acessíveis e adequados, que possam garantir à todas as pessoas o exercício da cidadania e o direito de ir e vir. Desníveis a falta de calçada rebaixada, por exemplo, dificultam o passeio.

“O projeto de espaços e edificações públicas ou privadas deve ser realizado por arquitetos e urbanistas, pois durante a formação profissional são estudados conhecimentos necessários à aplicação de requisitos de conforto e segurança para todas as pessoas, inclusive para as que têm deficiência e mobilidade reduzida”, diz a Profa. Ma. Kelly Christine Silva de Lima, de Arquitetura e Urbanismo do Unipê.

Daí a importância da arquitetura: é por meio dela que pode ser aplicada na prática os conhecimentos. “Isto é, na criação de espaços urbanos ou arquitetônicos que eliminem as barreiras físicas que possam atrapalhar a mobilidade e a execução de atividades com autonomia e independência por essas pessoas”, reforçou Kelly.

Além disso, segundo a arquiteta e urbanista, a ideia é tornar os espaços mais acessíveis em qualquer momento da vida. “Na realidade, as condições de acessibilidade arquitetônica se aplicam para todas as pessoas, pois além de condições naturais de envelhecimento, acidentes ou doenças podem diminuir a capacidade de locomoção e alterar percepções provocando limitações ou até mesmo algumas restrições”, lembrou.

Acessibilidade em edificações antigas?

Hoje as edificações que não atendem as normas de acessibilidade têm como ser reformados de acordo com elas – e o projeto precisa ser feito por um profissional habilitado. Kelly conta que o arquiteto e urbanista analisa as condições construídas do local, de forma a planejar uma reforma baseada nas recomendações da norma de acessibilidade arquitetônica, a ABNT NBR 9050:2020 que é a norma de acessibilidade arquitetônica.

“Além disso, também é necessário observar o acesso ao local, circulação vertical e horizontal, sinalização, mobiliário e adequações em banheiros; elementos necessários para um bom uso na edificação ou até mesmo para os espaços urbanos”, finaliza a professora.

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