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Entidades da segurança pública fazem paralisação

Representantes de entidades da segurança pública da Paraíba estão organizando para a manhã desta quarta-feira (31), uma paralisação da polícia, cobrando melhores condições de trabalho, além de uma valorização salarial, alegando que os paraibanos recebem o pior salário do país.

A presidente da Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba, Suana Melo, destacou que a polícia do estado é a melhor do país, porém, recebe o pior salário do Brasil. “Estamos representando a segurança pública do estado da Paraíba. Estamos buscando valorização e dignidade salarial, pois recebemos o pior salário do país. Somos uma segurança pública considerada a melhor do país, mas infelizmente, o governo do estado não tem reconhecido o trabalho e a competência desses profissionais”, disse.

De acordo com Suana, além das questões salariais, a categoria busca também qualidade na segurança pública da Paraíba. “Buscamos também uma segurança pública de qualidade para toda a população, pois todos sabem que não podemos sair a qualquer hora, não podemos ficar nas ruas a qualquer hora, sabem como está a violência urbana em todo o estado da Paraíba. Então, nós precisamos dar um olhar diferenciado a esses profissionais que atuam no combate à criminalidade em todo o estado”, destacou.

“Essa realidade tem que mudar, por isso estaremos reunidos nesta quarta-feira (31), às 8h30, na frente do Lyceu Paraibano, no Centro de João Pessoa, em prol da segurança pública do estado da Paraíba”, disse Suana Melo, presidente da Aspol.

Diálogo com o governo

O coronel Francisco de Assis relatou que tenta diálogo com o governo há quase oito anos e que as propostas apresentadas na eleição não foram cumpridas.

“Estamos chegando a este ponto hoje, pois tentamos esse diálogo desde 2011, essas entidades já tentaram diálogo diversas vezes, através de ofícios, apresentando pautas para discussões, e essas discussões não passam apenas por questões salariais, passam também por uma estruturação das próprias polícias, para que possam melhor servir à sociedade. A sociedade tem assistido e visto o hall de promessas que foram feitas à categoria e lhe afirmo que 99% dessas propostas não foram cumpridas pelo governo”, disse.

Segundo o coronel, “Foi prometida a inclusão de 5 mil policiais, plano de cargos e carreiras dessas entidades e a Polícia Militar chegou a ensaiar esse plano, que foi totalmente desmontado, atropelando o que vinha de conquistas e foi à zero. As promessas ditas como ‘bolsa desempenho’, que foi uma forma que o governo utilizou para burlar o aumento aos servidores, foi uma promessa pública, mas nada disso veio de fato. Então, esses são temas que caiam bem um diálogo, uma conversa, você maquiar uma situação de 19% para segurança pública é cruel. Não existe esse índice de 19%, basta perguntar a qualquer policial civil ou militar que terá a resposta imediata. O trauma no dia de hoje é ainda maior, pois recebemos o contra-cheque de um jeito e vemos o discurso totalmente diferente”, finalizou o Coronel Francisco de Assis, presidente do COPM.

Governo

O Portal Correio entrou em contato com a Secretaria de Segurança do Estado, que indicou que a reportagem entrasse em contato com a Secretaria de Comunicação (Secom-PB), pois não responderia sobre questões salariais. A Secom-PB foi contactada, porém, até o fechamento desta matéria, a resposta ainda não foi enviada.

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