O adiamento da primeira rodada da Segunda Divisão do Campeonato Paraibano, que deveria ter começado no último domingo (16) e agora só será iniciado neste fim de semana, dividiu opiniões entre os quatro representantes do Grupo do Sertão. Alguns clubes acharam positivo o retardamento do certame estadual e outros não aprovaram do ocorrido.
Técnico do Esporte de Patos, um dos favoritos ao acesso, Marcos Nascimento analisou o adiamento em pontos de vistas diferentes. Para ele, no aspecto técnico foi positivo, já que ganhou mais uma semana para preparar sua equipe. No entanto, ele lamentou mais um descaso da Federação Paraibana de Futebol, que confirmou o cancelamento da rodada no sábado pela manhã, pouco mais de 24h antes da abertura da competição.
“Só tenho a lamentar mais uma situação como essas no futebol paraibano. Entra ano e sai ano e permanece essa desorganização da Federação Paraibana de Futebol e dos clubes. Nós pegamos até dinheiro emprestado para poder regularizar os jogadores, pagamos tudo em tempo hábil, mas a rodada acabou adiada”, opinou.
Betão, que comanda o Nacional de Pombal, lamentou o adiamento. Segundo ele, o clube pagou todas as taxas para a regularização dos atletas na última quinta-feira e estava preparado para o início do certame estadual.
Assim como o Esporte, o Sabugy também analisou o a adiamentos em pontos positivos e negativos. “A nossa logística estava pronta e como jogaríamos em outra cidade, tivemos prejuízos. O lado bom é que dará tempo de regularizar os nossos jogadores”, comentou o presidente Malaquias Filho.
Para o técnico do Femar, Marcão, o fato servirá para os times se organizarem para as próximas edições do torneio.
O adiamento do início da Segunda Divisão do Campeonato Paraibano provocou divergências no Grupo Litoral. Se por um lado, o São Paulo Crystal discordou totalmente do posicionamento da Federação Paraibana de Futebol (FPF), times como Confiança, Internacional e Spartax aprovaram a medida.
“O São Paulo Crystal foi contra. Lamentamos, pois prejudicou toda uma programação que estava sendo feita por nós. O clube já tinha providenciado ingressos, ambulância e policiamento. Agora vamos continuar trabalhando”, disse o vice-presidente do Tricolor, Ironaldo Franco.
Já o presidente do Internacional de Lucena, Tassiano Gadelha, avaliou o adiamento como benéfico para os clubes. “Nosso time estava preparado tecnicamente e isso (o adiamento) não foi favorável. Mas, achou que acabou beneficiando o Campeonato como um todo”, afirmou
O dirigente do Spartax João Pessoa, Adriano Lima, afirmou que não tinha um número de jogadores suficiente para atuar na partida. Quem também vibrou com o adiamento foi o diretor do Confiança, Rener Gerônimo. Ele afirmou que o time não tem do que reclamar.
No Grupo Agreste, para uns o adiamento da Segundona foi uma oportunidade de realizar amistosos. Para outros, momento de descanso e concentração. De modo geral, os times irregulares terão uma semana a mais para entrarem no padrão da competição.
A Perilima realizou no domingo (16) um amistoso contra o Femar, vencendo o time de Sumé de virada por 2 a 1. De acordo com o zagueiro Matheus Camargo, não existiram motivos para descontentamento. “Trabalhamos por um mês e não víamos a hora de começar a disputar, mas se é o melhor para a estrutura do campeonato, não tem o que a gente achar ruim”, disse Matheus.
Já a diretoria da Queimadense afirmou que o prazo de uma semana foi bom tanto para o próprio time quanto para os demais que ainda estão irregulares.
O presidente da Picuiense, Reinaldo de Assis, afirmou que o atraso foi necessário. “Não tinha lógica iniciar um campeonato onde os times irregulares sairiam em desvantagem”, mencionou.
Para a diretoria do Sport Lagoa Seca, o sentimento foi de indignação com o atraso, tendo em vista que uma semana a mais significa aumento de gastos para manter o time ativo por mais dias. No entanto, o espaço de tempo extra foi aproveitado com um amistoso contra o São Paulo Crystal, realizado domingo (16), no estádio Titão, na cidade de Lagoa Seca, e o resultado foi 1 a 1.
*Por Allan Hebert, Franco Ferreira e Lídice Pegado, do Jornal CORREIO.