Parentalidade, homofobia e crises existenciais recheiam o que parece ser apenas mais uma história sobre uma família nada tradicional brasileira. “A vovó é louca“, do auditor-fiscal da Receita Federal, jurista e escritor paraibano Francisco Leite, conta como a vida dos Terto Aurora virou de cabeça para baixo depois que a vovó foi parar numa rave.
A história tem como personagem principal Amanda Aurora, paraibana mãe de dois filhos, após buscar sua vovó em um rave, entra em uma crise pessoal e conjugal, sobretudo por ter conhecido uma jovem muito bonita que a beija na boca. Seu único refúgio em busca da paz e da afirmação pessoal é a casa da vovó, uma pessoinha linda e vanguardista, suporte e retaguarda dos Terto Aurora, capaz tanto de lhe acalmar com uma canja de galinha quanto aprontar as tiradas mais loucas.
Com a morte do vovô e com a reclamação dos haveres do espólio por alguns herdeiros representados pela bisavó de Amanda, uma mulher arengueira de espírito belicoso, a vida da família dá um duplo twist carpado. E tudo isso porque o desaparecimento da vovó em circunstâncias hilárias e extravagantes, agrava o drama pessoal da neta e marca o destino de toda família Terto Aurora.
Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, professor da Universidade Estadual da Paraíba, jurista, escritor e poeta. Na literatura, além do romance de estreia “O Pequeno Davi” (Editora Hibis), escreveu uma coletânea de contos chamada “Crimes de Agosto”, uma coletânea de prosa poética (este em parceria com Cavichiolli), chamada “Decifra-me ou te devorarei” e um romance autobiográfico chamado “Os longos olhos da espera” (Lura Editora), todos disponíveis na Amazon.