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Especialista relembra pontos importantes do Leilão do 5G no Brasil

Leilão foi positivo para a execução da tecnologia no país
Businesswoman with face mask standing in office using mobile phone. Female executive reading text message on her cell phone in office.

Neste mês de novembro o Leilão do 5G marcou uma etapa de extrema importância para a implementação definitiva da tecnologia no Brasil. Por definição da Anatel, o 5G deve funcionar nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal no ano que vem (e ainda as cidades podem não ofertar a frequência em todos os bairros). Mas o que o Leilão mostrou à população do Brasil?

Segundo o Prof. Me. Paulo César, de Ciências Contábeis do Unipê, algo importante a ser lembrado incialmente foi resultado da licitação, que foi considerada um sucesso do ponto de vista do orçamento federal, já que teve a entrada de recursos além do que estava previsto: a venda de blocos de frequência atingiu R$ 7 bilhões, com ágio médio de 247% sobre o valor mínimo de R$ 2 bilhões.

“Os recursos arrecadados terão alguns impactos, já que originalmente eles não constavam na proposta orçamentária do governo. Eles podem inclusive abrir créditos especiais, reforçar a dotação do cálculo e poderão autorizar esses recursos como quiserem. E por mais que o efeito seja momentâneo, esse processo será positivo, podendo afetar ou mudar um superávit primário. As redes de telefonias podem depositar esse lance ainda em 2021 ou 2022, dependendo de quando entrarem no caixa do governo”, afirmou Paulo César.

O especialista apontou também que a chegada do 5G no Brasil vai proporcionar uma navegação mais rápida e com altíssima qualidade. “Essa implementação representa um grande marco para o país e mostra outra vez a evolução tecnológica brasileira vez mais rápida. Mas a nova rede só estará totalmente disponível para grande parte dos brasileiros em meados de 2028”, lembrou Paulo.

O professor ressaltou também que empresas grandes de telefonia conseguiram ficar com a maioria dos lotes disponíveis. Entretanto, ele considerou que um fator importante deste leilão foi a regionalização do serviço: corporações menores do Nordeste fizeram boas aquisições. “Houve uma regionalização muito grande desse serviço, e agora essa aquisição de uma empresa nordestina representa de certa forma um avanço no mercado de telecomunicações”, explicou o docente.

Assim como no leilão do pré-sal, alguns lotes não foram adquiridos, pois, segundo Paulo, as instituições só buscam os lotes que lhes proporcionam maior retorno financeiro, pois a maioria das empresas são privadas e priorizam o lucro. Na análise do especialista, esse foi o segundo maior leilão depois do pré-sal.

Paulo ainda concluiu que um grande passo já foi dado com a tecnologia, que está prevista para iniciar primeiro nas capitais brasileiras até julho do ano que vem. “Enquanto isso, o Brasil se prepara para o lançamento de uma tecnologia que vai permitir melhor navegação, conectividade e chamadas de qualidade até o final da década de 2020”, finalizou.

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