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Estudiosa do Zika, médica da PB recebe prêmio da maior feira hospitalar da América Latina

A médica Adriana Melo, pioneira nas pesquisas que estabeleceram a relação do Zika vírus com os casos de microcefalia, foi homenageada na Feira Hospitalar 2016, considerada um dos maiores eventos do ramo no mundo. A pesquisadora, que atua na área de medicina fetal da maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida – Isea, em Campina Grande, recebeu o Troféu Walter Schmidt, concedido a personalidades da saúde há 15 anos pela empresa Fanem.

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A homenagem aconteceu na noite dessa quarta-feira (18), durante tradicional jantar em São Paulo. Em fala de agradecimento, Adriana Melo, que também preside o Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto, o Ipesq, dedicou o prêmio às mães das crianças com microcefalia, que participaram das pesquisas iniciais sobre a síndrome da zika congênita. A médica aproveitou ainda para chamar a atenção dos empresários participantes da feira para a causa das crianças vítimas da doença e pediu apoio para as pesquisas e para assistência aos bebês.

“Meu pai veio para São Pauto em pau-de-arara tentar a vida nesta cidade e hoje estou aqui recebendo este prêmio. Isto é a prova de que as coisas podem mudar. Por isso, agradeço à Fanem e à Hospitalar pelo reconhecimento. Momentos como estes têm sido fundamentais para buscarmos apoio. Atualmente, nosso grupo de pesquisa conta apenas com apoio financeiro da Prefeitura de Campina Grande, mas precisamos qualificar ainda mais os estudos para evitar que mais crianças nasçam com malformações em decorrência do Zika”, disse a médica.

Presente na premiação, a secretária de saúde de Campina Grande, Luzia Pinto, parabenizou Adriana Melo e destacou que, graças às pesquisas da médica, a gestão municipal pôde se antecipar na implantação de um serviço especializado para atendimento às crianças com microcefalia no Hospital Municipal Pedro I. “Nosso ambulatório hoje atende 62 bebês, oferecendo desde o atendimento de fisioterapia e consultas neurológicas, até acompanhamento com otorrino, fonoaudiólogo, oftalmologista e exames de imagem”, afirmou Luzia.

Já o diretor executivo da Fanem, Djalma Luiz Rodrigues, falou da relevância do empenho de Adriana Melo para a medicina brasileira e saúde pública.

“É um orgulho reconhecer o trabalho de uma médica como Adriana Melo, que dedica 20 horas por semana atendendo pacientes do SUS e que, sem recursos para pesquisa, fez um alerta de suma importância para todo o mundo”.

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