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Estudo da UFPB constata potencial antioxidante da casca do café orgânico

Produtos alimentícios e cosméticos poderão ser desenvolvidos a partir do subproduto
(Foto: Divulgação/UFPB)

Pesquisadoras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) constataram que a casca do café orgânico é eficiente como matéria-prima de extratos ricos em compostos bioativos com elevado potencial antioxidante. Produtos alimentícios e cosméticos ricos em antioxidantes naturais poderão ser desenvolvidos a partir do subproduto.

A atividade antioxidante é indispensável para proteger as células sadias do organismo contra a ação oxidante de radicais livres, moléculas liberadas pelo metabolismo do corpo com elétrons altamente instáveis e reativos que podem causar doenças degenerativas de envelhecimento e morte celular.

Produção sustentável

estudo da UFPB, além de fornecer suporte científico para o desenvolvimento de extratos ricos em antioxidantes naturais a partir da casca do café orgânico, também atesta que a utilização do subproduto minimiza a quantidade de resíduos agroindustriais gerados pela indústria cafeeira.

Esses subprodutos são considerados praticamente de custo zero, uma vez que ou são descartados ou são subutilizados.

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café. A produção de grãos torrados do fruto do cafeeiro ocupa área de 1,82 milhão de hectares no país, conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A pesquisa

O trabalho foi realizado em duas etapas. Na primeira, ocorreu a análise da extração dos compostos por meio de método de extração convencional, do tipo sólido-líquido com temperatura de 60ºC em banho-maria, e de método não-convencional, assistida por ultrassom. Três sistemas de solventes (água, etanol e água mais etanol) foram testados, com casca de café orgânico in natura e desidratada.

Na segunda etapa da investigação científica, foi executada a avaliação da atividade antioxidante e a determinação e identificação dos compostos bioativos dos extratos da casca do café orgânico. 

Tanto o processo convencional quanto o não-convencional apresentaram resultados eficientes para recuperação dos compostos bioativos e, consequentemente, obtenção de extratos com elevado potencial antioxidante. No entanto, a extração convencional se mostrou mais eficaz.

Os experimentos do estudo, desenvolvidos por Mariana Silva, egressa do curso de mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFPB, foram empreendidos no Centro de Tecnologia (CT), no campus I, em João Pessoa, sob coorientação da também professora do Departamento de Engenharia de Alimentos da UFPB Marta Madruga, entre 2019 e 2021.

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Saúde
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