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EUA e México fecham acordo para pausar tarifas por um mês

Negociações envolvem um reforço imediato de policiamento do lado mexicano da fronteira
Claudia Sheinbaum comemorou pausa nas tarifas (Imagem: Reprodução/YouTube)

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse nesta segunda-feira (3) que chegou a uma série de acordos com o mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, incluindo a obtenção de uma pausa de um mês na imposição de tarifas. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

Após o que chamou de “uma boa conversa”, a dirigente disse que o México reforçará imediatamente a fronteira norte com 10 mil membros da Guarda Nacional para prevenir o tráfico de drogas do país para os Estados Unidos, especialmente fentanil, segundo registro na rede social X.

Posteriormente, o presidente Trump afirmou que o México havia se comprometido a trabalhar para conter o fluxo de fentanil e a imigração ilegal.

Os dois países criaram grupos de trabalho para discutir nas próximas semanas soluções para o crime organização, imigração ilegal e economia, segundo Claudia Sheinbaum.

Os Estados Unidos estão empenhados em trabalhar para prevenir o tráfico de armas potentes para o México.

“Nossas equipes começarão hoje a trabalhar em duas frentes: segurança e comércio”, afirmou a presidente mexicana.

A conversa ocorre após Trump anunciar a aplicação de tarifas de 25% ao México e Canadá, e de 10% à China.

‘Guerra contra as drogas’

O diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que a política tarifária de Donald Trump “não é uma guerra comercial, é uma guerra contra as drogas”.

Em entrevista à CNBC, ele também destacou que “muitas negociações” ocorreram durante o fim de semana para tentar evitar a imposição de tarifas contra outros países parceiros comerciais.

“Nas nossas conversas ao longo do fim de semana, uma das coisas que notamos é que os mexicanos estão muito sérios em fazer o que o presidente Trump disse na ordem executiva – se tornar muito mais agressivos na guerra contra as drogas”, afirmou Hassett.

O diretor observou que o Canadá “parece ter interpretado mal” a ordem executiva do republicano, entendendo-a erroneamente como uma guerra comercial.

Dólar e bolsa

O anúncio de uma trégua no tarifaço de Trump acalmou os ânimos aqui no Brasil. O dólar, que abriu o dia em alta, reverteu a tendência e renovou mínima, a R$ 5,823, em sintonia com o aprofundamento das perdas da moeda norte-americana em relação ao peso mexicano, principal par do real.

Por volta das 14h50, o dólar à vista caía 0,13%, a R$ 5,830. O dólar futuro para março recuava 0,29%, a R$ 5,859.

O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, começou o dia em queda, que foi revertida por volta das 12h, horário em que os dois países anunciaram o avanço nas negociações.

No entanto, o índice voltou a registrar queda pouco antes das 14h, chegando a -0,081% às 14h40, a 126 mil pontos.

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