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Exposição de artes vira alvo de protestos de católicos em JP

Um grupo de católicos protestou nesse domingo (6) contra uma exposição que exibia peças de nudez sem classificação de idade na Usina Cultural Energisa, em João Pessoa. A polêmica começou depois de um vídeo circular nas redes sociais mostrando crianças dentro da exposição “Sui Generis”, aberta no último dia 3.

Nos trabalhos apresentados por três artistas plásticos, estão cenas de nudez que, de acordo com os religiosos, não deviam ser vistas por menores de idade.

“Nós respeitamos a liberdade de expressão, eu acho que é importante deixar claro. A intenção não é tirar a liberdade de expressão, mas que ela seja direcionada às pessoas com maturidade, com capacidade racional de entender aquilo como arte. Permitir que crianças que não tenham essa capacidade de avaliação daquilo que está sendo exposto, pode ser um excesso”, disse o diretor administrativo da comunidade católica Casa Monsenhor Catão, Dilton Loureiro.

A repercussão negativa fez o curador da exposição retirar algumas obras do acervo e diminuir a idade mínima para a visitação, porque de acordo com o material de divulgação da Usina, a exposição não tinha classificação.

“A gente se adequou ao que o Ministério da Justiça instrui, que é colocar a faixa etária. A gente fez essa adequação, tirou algumas obras e readequou outras, para cair na faixa de 12 anos”, confirmou Diógenes Chaves.

Outras polêmicas

Não é a primeira vez que uma exposição causa polêmica no país. No ano passado, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, a performance de um artista nu na presença de crianças foi bastante criticada nas redes sociais. Também em 2017 a exposição ‘Queermuseu’ foi encerrada um mês antes do previsto por causa de protestos de pessoas que alegaram que a apresentação fazia apologia a pedofilia e a zoofilia.

Autoridades

Para o deputado estadual Raoni Mendes, a mostra Sui Generis apresentada pela Usina Cultural Energisa, além de ser inapropriada para crianças, também representa um ataque à fé, quando apresenta em um dos trabalho a frase ‘Tomai meu corpo e comei’. Para evitar que isso aconteça outras vezes, ele protocolou na manhã desta segunda (7) duas representações no Ministério Público Estadual contra os responsáveis pela exposição.

“Colocaram objetos e principalmente a essência da fé católica, que é a Eucaristia, de forma de nudez e forma explícita de sexo. Por mais que respeitemos a liberdade de expressão, nós fizemos dois pedidos para que o MPE acompanhe a situação”, explicou.

O material será analisado pelos promotores de Justiça, que tem um prazo de 120 dias para apresentarem o resultado preliminar da avaliação do caso.

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