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Exposi??o ‘Ag?’ destaca rituais do xang? e estreia em JP na quinta-feira

“Respeito e reconhecimento” foram às temáticas escolhidas pela fotógrafa Roberta Guimarães para mostrar seu fotográfico, na exposição intitulada “Agô”. A exposição será aberta quinta-feira (5), na galeria da Estação das Artes Luciano Agra, prédio ao lado da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano.

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A entrada é gratuita para o público de todas as idades e a exposição pode ser vista até o dia 13 de dezembro. O horário de funcionamento da Estação Cabo Branco é de terça a sexta-feira das 9h às 21h e sábados domingos e feriados das 10h às 21h.

Nesta exposição estão sendo apresentadas 30 fotografias, vídeos e informativos da pesquisa realizada pela fotografa em 14 terreiros de xangô de Pernambuco. A curadoria da exposição é de Raul Lody, com apoio local da curadora geral da Estação Cabo Branco, Lúcia França. Esse trabalho foi registrado no livro “O Sagrado, a pessoa e o orixá”, lançado em 2014 em Recife.

As fotografias mostram a grande influência africana na formação da identidade brasileira. É um mergulho nas particularidades dos rituais do xangô, assim como no vídeo que foi produzido pela artista. Roberta Guimarães explicou que este trabalho não se limita à questão religiosa, mas trata de questões como respeito, solidariedade, com um forte componente de gênero. “No Xangô, o feminino e o masculino aparecem de forma mais livre. Um orixá masculino pode se manifestar em uma filha de santo”, disse.

O conceito fica claro na abordagem dada aos dois vídeos, em que apresenta uma espécie de “crossdressing” (termo que se refere a pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto), mostrando a transformação de dois filhos de santos em entidades de sexo oposto. O vídeo que será exibido trará imagens dos terreiros, dos rituais e entrevistas com filhos e pais de santos falando sobre suas relações com a religião e detalhes da vida do terreiro.

Uma das peculiaridades que a fotografa destaca em seu trabalho é a profunda relação da religião com a natureza, que transcende dos atos religiosos para o cotidiano de seus praticantes e seguidores.

O curador da exposição, Raul Lody, comentou que as fotografias traduzem uma profunda religiosidade, que busca a permanente preservação das matrizes africanas e valorização dos seus direitos culturais. “Roberta olha para o Xangô com admiração e com desejo de expressar através da fotografia, o xangô em Pernambuco na plenitude da sua identidade”, acrescentou.

A exposição é uma oportunidade de ver e vivenciar, um pouco, a arte do xangô pernambucano em sua dimensão sagrada e cultural. Roberta Guimarães contou ainda que em algumas sessões fotográficas trabalhou mais de 12 horas acompanhando rituais extremamente minuciosos, como o Ebó das Águas, em que o adepto passa por uma preparação, vai se banhar em um rio e depois retorna ao terreiro para finalização da cerimônia.

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