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Falta um gesto

Uma homenagem a Nélson Mandela, na África do Sul, em 2013, deu oportunidade ao presidente Barack Obama de fazer um gesto – apertar publicamente a mão de Raul Castro – que favoreceu a reconciliação, após 53 anos de rompimento, de Estados Unidos e Cuba.

Um gesto sempre integra esforço para se alcançar a harmonia após conflito, seja na política, nos negócios ou relações pessoais. E geralmente parte de quem mais precisa ou quem tem mais a ganhar.

Tentei descobrir qual foi o gesto que o governador Ricardo Coutinho fez para com o presidente Michel Temer, a quem pediu audiência e de quem espera um tratamento especial para a Paraíba, cuja nota de crédito foi rebaixada em razão do alto comprometimento de suas receitas com a folha de pessoal. E não é de agora. Desde junho de 2012 que o Estado não cumpre os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O gesto poderia ser dispensável não fosse o histórico da relação Ricardo/Temer. Vejamos: em 2014, Cássio tinha ganho o 1° turno com 47,44% dos votos, contra 46,05% do socialista. O PMDB, 3° colocado, seria o fiel da balança no 2° turno. Para onde pendesse, daria a vitória.

As conversas com Cássio já estavam bem adiantadas quando Temer intercedeu por Ricardo. E até veio a Paraíba para a formalização do apoio do PMDB ao governador. Mas, quando o impeachment avançou, o paraibano assumiu o discurso do “golpe”, atribuindo ao peemedebista o rótulo de golpista, e ao seu governo, de ilegítimo.

Temer nem respirou no cargo e seu governo já era acusado de discriminar a Paraíba, porque Dilma, que teve 15 meses do 2° mandato para liberar recursos para o viaduto do Geisel, só fez isso na véspera do impeachment, e assim mesmo sem respeitar as medições. O Ministério suspendeu o repasse até a comprovação da execução da obra e pagou o que a Caixa atestou, mas o zelo virou discurso contra o novo governo.

Na sequência, a CGU apontou superfaturamento de R$ 5,7 milhões no viaduto. O Estado nega, mas o processo anda. E quando o ministro marca visita a obra, admitindo uma nova liberação, o governador diz que é provocação e a deputada Estela Bezerra defende que seja hostilizado.

Tratamento institucional é um direito, mas pelo que diz Ricardo, quer algo mais que especial de Temer, o “ilegítimo”: quer um aval para o qual a Paraíba está legalmente impedida de receber, e novas parcerias em tempos de ajuste fiscal rigoroso. Pretende conseguir isso hostilizando o governo? Falta um gesto.

TORPEDO

É uma medida amarga, mas a longo prazo pode beneficiar o País. Não sou o tipo de gestor que fica se lamentando. Sou de encarar os desafios com planejamento e muito trabalho.

Do prefeito Luciano Cartaxo, sobre a aprovação pela Câmara dos Deputados da PEC que limita crescimento dos gastos públicos.

O relator

Como presidente da CCJ, o paraibano José Maranhão anunciará, hoje, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) como relator da PEC 241 no Senado Federal. O nome foi acertado com o presidente Michel Temer.

O motivo

De Pedro Cunha Lima, defendendo a PEC 241: “O problema do Brasil é que o Governo gasta muito e gasta mal. Muito dinheiro vai para o ralo da corrupção e para os megas salários e mordomias. Isso tem que acabar”.

Aplausos

O artigo “The New York Times”, de Roberto Cavalcanti, sobre a importância do jornal impresso, reconhecida inclusive por empresas de alta tecnologia com a Apple, motivou congratulações do Tribunal de Justiça.

Credibilidade

Roberto Cavalcanti citou o jornal americano como exemplo de valor e prestígio mesmo onde impera a alta tecnologia. O autor da homenagem foi Aluízio Bezerra, que destacou a importância do Correio da Paraíba.

ZIGUE-ZAGUE

A seccional da Paraíba entregou a OAB Nacional documento sobre a crise hídrica no Estado, com destaque para a situação difícil da região de Campina Grande.

O documento diz que “existem irmãos paraibanos que correm risco de morrer devido à seca que castiga o nosso Estado” e pede apoio para viabilizar soluções.

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