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Família de paraibanos mortos na Espanha espera por Justiça

“Esperamos por Justiça”. Esse é o sentimento da família de Janaína, uma das vítimas de François Patrick Nogueira Gouveia, assassino confesso de uma família de paraibanos em crime que ocorreu no dia 18 de setembro de 2016, na província espanhola de Guadalajara, a 60 quilômetros da capital espanhola, Madri. Patrick será julgado nesta quarta-feira.

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Em entrevista à TV Correio, o pai de Janaína, Wilton Diniz, disse que sente alívio em saber que a Justiça espanhola vem fazendo o seu trabalho, mas que no Brasil nada foi feito contra Marvin, apontado por Patrick como comparsa do crime.

“Nós tivemos o apoio total do governo espanhol enquanto na Paraíba não recebemos um telefonema de ninguém, de nenhuma autoridade. Traz um pouco de alívio saber que ainda existe justiça no mundo, não no Brasil, mas fora do Brasil. Com o Marvin nada está acontecendo. Ele foi o precursor principal da morte da minha família. Ele está solto, passeando, já dei de cara com ele e o pai dele no shopping”, disse Wilton Diniz.

Entenda o caso

Patrick Nogueira se entregou às autoridades espanholas no dia 19 de outubro de 2016 e confessou ter matado os familiares após sentir ódio incontrolável. Em depoimentos, ele disse “gosto de ser mau” e que teria sentiu “necessidade de matar” a família.

“Matei os quatro porque me parecia cruel matar só o Marcos. Não ia deixar uma família sem marido e sem pai. Eles não sofreram, não resistiram, não gritaram. Foi muito rápido”, declarou o assassino na época à emissora de TV Antena3.

Todas as vítimas foram mortas da mesma forma: com faca cravada no pescoço, rompendo a artéria aorta e a jugular. Ele matou primeiro Janaína, depois as crianças. Marcos Campos foi atacado instantes depois, ao chegar do trabalho, sem ter chance de reação. Depois, Patrick usou uma faca maior para esquartejar os tios. Os corpos dos adultos e das crianças foram postos em sacos plásticos.

No depoimento, Patrick ainda compromete o amigo Marvin Henriques Correia, preso em João Pessoa após a Polícia Civil apontá-lo como cúmplice do crime. O assassino confesso disse que conversou com Marvin enquanto cometia os crimes. A defesa do suposto cúmplice, no entanto, diz que o diálogo só aconteceu após as quatro mortes. Para a Justiça brasileira, Marvin já sabia que Patrick iria matar os parentes.

Ainda de acordo com a Antena3, Patrick contou que dormiu até tarde no dia em que cometeu os crimes, pois “tinha que estar descansado”. O assassinatos, conforme declaração de Patrick, foram premeditados. “Três dias antes, senti necessidade de matar. Isso acontece com frequência, desde os 12 anos. Quando acontece, eu bebo muito”, revelou.

Ele disse também que voltou à Paraíba depois de matar os parentes não com a intenção de fugir, mas porque queria se despedir dos familiares. Patrick se entregou à polícia espanhola no dia 19 de outubro de 2016. Ele permanece preso desde então.

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