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Fam?lias

As recentes convenções municipais do PMDB falam para além da economia interna do partido. Elas descortinam a avassaladora e ainda reinante tradição da política familiar na Paraíba, traço presente em praticamente todas as legendas e regra que nem o PT – o mais ‘democrático’ de todos – consegue fugir.

Em Campina Grande, a secretária Nilda Gondim passou o comando do PMDB para o ?lho e deputado Veneziano Vital, virtual candidato da sigla a prefeito da cidade em 2016. Em Guarabira, onde a família Paulino lidera por décadas o partido, o deputado Raniery transferiu a presidência para uma irmã, Roberta.

Recentemente, sem qualquer discussão interna prévia ou deliberação partidária, o senador Cássio Cunha Lima praticamente ‘nomeou’ o ?lho, o jovem Pedro Cunha Lima, para presidência do PSDB em Campina Grande, desalojando da função o histórico tucano José Marques, até então dirigente da agremiação na cidade.

São incontáveis os exemplos da predominância familiar na representação político-partidária, em pleno século XXI. Em alguns partidos, se percebe mais do que noutros, mas quase nenhum deles está vacinado, diga-se de passagem.

Há os que são ?agrantemente comandos por clãs. O PR, de Wellington e Caio Roberto, o DEM dos Morais, o PDT dos Feliciano, o PTB dos Santiago e o PP dos Ribeiro ilustram bem. O fenômeno atinge também nanicos; o PHS dos Gaudêncio, o PSC dos Gadelha, o PRTB dos irmãos Carneiro, o PMN de Lígia e Bala Barbosa…

Como disse antes, até o PT – famoso pelo seu diferencial de democracia interna – registra foco de infecção. Quem lembra qual o primeiro gesto do prefeito Luciano Cartaxo ao assumir a liderança do campo majoritário? Lançar o irmão, Lucélio. A princípio, como candidato a deputado federal, e depois a senador, quebrando, também, a imunidade petista. Ou seja, desse mal, quase ninguém escapa por aqui.

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