O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) está apurando uma denúncia de que um funcionário de uma empresa teria sido obrigado a cheirar uma toalha molhada de urina por não ter conseguido bater meta no trabalho.
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De acordo com o procurador do MPT-PB, Eduardo Varandas, a situação denunciada é uma das 577 ocorrências que estão sendo apuradas pelo órgão, desde 2014, sobre violência e assédio moral no trabalho.
“Deparamo-nos com situações absurdas, ao ponto de exigir do trabalhador que não atingiu determinada meta inalar odores de uma toalha urinada por todos os outros funcionários”, afirmou o procurador.
Somente até o dia 19 de abril deste ano, 56 novas denúncias envolvendo assédio no trabalho foram protocoladas e estão sendo acompanhadas. Para o procurador do Trabalho Eduardo Varandas, as demandas só tendem a aumentar, já que caminhamos para uma desproteção progressiva do trabalhador.
“Não podemos permitir que o ser humano se torne objeto de uma crise econômica que, cada vez mais, oprime o trabalhador. E o contexto atual depõe em favor disso, já que o cenário é de flexibilização das leis trabalhistas”, contou Eduardo Varandas.
Veja abaixo exemplos de assédio no trabalho:
* Exigir metas de difícil alcance ou inalcançáveis;
* Tratamento inadequado com os empregados (uso de palavras de baixo calão ou depreciativas);
* Tarefas vexatórias (mandar uma mulher limpar o banheiro masculino, com homens dentro);
* Exercício abusivo do poder hierárquico (restringir a possibilidade do funcionário ir ao banheiro, uma única vez, por 10 minutos).
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