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Fundo do po

A avaliação positiva da presidente Dilma Rousseff caiu para apenas 7,7%, enquanto a desaprovação ao seu desempenho pessoal subiu para 79,9%. Agora, ela é a campeã da série histórica de pesquisas da CNT, que começou a ouvir os brasileiros em julho de 1998. O pódio até então era do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com 8,8% em setembro de 1999.

A nova pesquisa fragiliza ainda mais a posição da presidente Dilma, pois 84,6% consideram que não sabe lidar com a crise econômica e 62,8% são a favor do seu impeachment. Para quem esperava uma trégua e recuperação durante o recesso do Congresso, esses números apontam no sentido contrário. Darão mais fôlego aos que pretendem destroná-la, como é o caso do líder do PSDB, Cássio Cunha Lima, que defende novas eleições como a melhor solução para o Brasil.

E se sua tese prevalecer, o PSDB é favorito. O senador Aécio Neves lidera desde o 1º turno, mas Geraldo Alckmin e José Serra também venceriam Lula no 2º turno. O mineiro tem a seu favor o fato de 44,8% acreditarem que se tivesse vencido, o Brasil estaria melhor do que com Dilma, contra apenas 10,9% que acham que estaria pior.

Encurralado desde que foi acusado pelo ex-lobista Júlio Camargo de exigir propina,o presidente da Câmara, Eduardo Cunha perde temporariamente os holofotes para Dilma. Dos 78,3% que disseram acompanhar a Lava-Jato, 69,2% consideram a Presidente culpada pela corrupção revelada, enquanto 65% também responsabilizam Lula.

A fé na Justiça é pouca: 90,2% dos que acompanham o caso apoiam as prisões feitas durante os inquéritos, mas para 67,1% os acusados não serão punidos.

O Congresso vai decidir nesse segundo semestre as propostas mais polêmicas da reforma política. O fim da reeleição tem o apoio de 67,5% e 78,1% disseram ser contra doações de empresa. Com certeza, porque é forte a percepção de que a corrupção provocou a crise que impacta a economia e as vidas dos brasileiros.

A consulta também permitiu a atualização do ranking de confiança nas instituições brasileiras. Enquanto a igreja ocupa o 1º lugar, com 53,5%, seguida das Forças Armadas, com apenas 15,5%, e a Justiça com 10,1%, o Governo obteve irrisórios 1,1%. Pior só o Congresso com 0,8%, e os partidos, com humilhante 0,1%. Dilma não está só no fundo do poço.

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