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Futebol e pol?tica

Guardei bem a frase do dinâmico, versátil e antenado repórter Rodrigo Viga, da Rede Jovem Pan, durante participação no Correio Debate (Correio Sat FM), direto da Granja Comary, em Teresópolis (RJ). Na difícil tarefa de tentar explicar para os ouvintes o que havia acontecido com a nossa Seleção nessa vexatória Copa, Viga apontou um, entre tantos, fatores: “A safra não é boa”.

Com profundo conhecimento sobre o futebol brasileiro, Rodrigo quis dizer que o ciclo atual da produção de jogadores do nosso País está distante do desempenho de 1994 e em 2002, quando a escalação canarinha brilhou, venceu e convenceu o mundo inteiro da qualidade dos nossos jogadores.

Essa aparente simples conclusão deve nos induzir para reflexão mais complexa. Que esforços o Estado brasileiro, que tanto vende essa paixão nacional como cartão postal planeta afora, tem feito para formar novas safras de atletas campeões? A resposta todos sabem; praticamente nada.

Estados e municípios são sabidamente ineficientes e omissos nesse aspecto. No País de futebol, as poucas escolinhas são privadas e pobre não chega nem perto. As demais são iniciativas de jogadores de sucesso, ex-jogadores ou abnegados voluntários. A maioria é tocada de forma franciscana e improvisada, sem uma apoio logístico sequer das prefeituras. Uma contradição do tamanho da nossa fama em campo.

No começo dessa Copa, o ministro Gilberto Carvalho – para defender Dilma do uso político do evento – fez uma diferenciação: “Futebol é uma coisa, política é outra”. Mas por tudo que representa para os brasileiros, ministro, o futebol deveria também integrar uma política de Estado para que as futuras safras, para usar a expressão de Rodrigo Viga, nos livrem de novos e traumatizantes vexames.

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