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Gerente de pizzaria pode ter tentado esconder imagens

A Polícia Civil investiga se câmeras de segurança gravaram o momento em que o soldado Vieira, da Polícia Militar, abriu fogo em frente a uma pizzaria da Capital, deixando uma pessoa morta e outra ferida, na noite dessa quarta-feira (12). Existe suspeita de que o gerente do estabelecimento tenha mentido sobre a inexistência do material. A informação é do delegado Paulo Josafá, em entrevista à Rede Correio Sat.

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“O gerente da pizzaria disse que não tinha, mas ontem [quarta-feira] foi relatado por funcionários que as câmeras estavam gravando sim, que as imagens estavam boas. Então, se o gerente escondeu essas informações, ele irá responder judicialmente por tentativa de obstrução ao esclarecimento do crime”, informou Paulo Josafá.

Testemunhas afirmam que o PM atuava como segurança da pizzaria, mas defesa dele nega.

Advogado de pizzaria dá versão

Ao Portal Correio, o advogado da pizzaria, Thiago Melo, disse que houve um desencontro na comunicação e assegurou que não existe tentativa de obstrução de informação. “O que acontece é que o HD onde são armazenadas as imagens não estava conectado ao monitor e, por isso, elas não podiam ser exibidas naquele momento. Mas todo material já foi entregue à polícia e estamos disponíveis para colaborar com as investigações”, garantiu Thiago.

Defesa de PM alega ‘legítima defesa imaginária’

O soldado que matou o jovem Fausto Targino de Moura Júnior, de 25 anos, e deixou outro ferido, já se apresentou à Polícia Civil para esclarecimentos e foi liberado. Em conversa com a imprensa, o advogado dele, Luiz Pereira, alegou ‘legítima defesa imaginária’ do cliente.

O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, capitão Guilherme Herculano, afirmou que ainda não é possível afirmar se o procedimento realizado pelo soldado Vieira foi precipitado. Segundo ele, o caso será apurado.

O crime

Fausto Targino de Moura Júnior chegou à pizzaria em uma motocicleta, acompanhado por um colega, ao mesmo tempo em que outros conhecidos chegavam em um carro conduzido por motorista de aplicativo. Após estacionar a moto, Fausto e o colega caminharam em direção ao grupo que estava no automóvel. Neste momento, um suposto vigilante da pizzaria – que depois revelou-se ser o PM investigado – abriu fogo.

Os tiros atingiram Fausto e o motorista de aplicativo. Os dois foram socorridos para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Fausto Targino de Moura Júnior morreu horas depois. Já o outro baleado, um jovem de 22 anos, seguia internado até o início da tarde desta quinta-feira (13). Conforme boletim médico, o estado dele é grave.

* Com colaboração de Djane Barros, da Rede Correio Sat.

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