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Ginseng: como devo usar o extrato?

Especialista diz ser necessário conhecer o conteúdo do produto encapsulado

Os fitoterápicos são largamente visados pelas pessoas: tratar ou prevenir doenças a partir de plantas não é algo recente na humanidade. O Ginseng é um deles e possui finalidades variadas, como para tratamento de doenças inflamatórias. E embora o acesso a fitoterápicos seja bem mais fácil atualmente, o seu uso requer atenção dos pacientes.

A nutricionista e Profa. Dra. Keyth Sulamitta, coordenadora de Nutrição do Unipê, citou aqui os benefícios do extrato. A especialista frisa que é comum nos produtos comercializados haver uma mistura de extratos de partes de plantas e diversas espécies do Ginseng. Isso explica a grande variação de preço no mercado – inclusive podendo propiciar a adulteração do produto.

“É de extrema importância conhecer o conteúdo real e as proporções dos extratos utilizados, em cápsulas, ou até mesmo conhecer a origem e a veracidade do produto in natura, para garantir os efeitos terapêuticos pretendidos e a segurança do produto”, explana.

Segundo Keyth, a comunidade científica recomenda o uso dos extratos padronizados das várias espécies de Ginseng, para efeitos de controlo de qualidade e maior rigor nas determinações de eficácia, nos efeitos terapêuticos e possível toxicidade.

A planta desenvolve-se melhor em zonas com flutuações de temperatura e com menor exposição direta à luz solar, como a sombra de densas e húmidas florestas, sendo comumente encontrada em países como a Coreia, o Japão, a China, a Rússia, os Estados Unidos da América e a Alemanha.

Usá-lo com outras ervas é uma dúvida recorrente. Por isso, Keyth lembra de estudos clínicos que mostraram benefícios do uso do Panax ginseng com o Ginkgo biloba, que traria um efeito potencializador no desempenho da memória e nas funções cognitivas.

Contraindicações e efeitos colaterais

Em 2005, pesquisas apontaram efeitos embriotóxicos e teratogênicos (agentes que alteram a estrutura ou a função da descendência) em animais. Assim, o Ginseng não é seguro para gestantes ou pessoas que amamentam.

“O Ginseng também pode interagir com drogas psiquiátricas, não sendo recomendado para pessoas que fazem uso de antidepressivos. Pessoas que fazem uso de estrógeno, anticoagulantes e corticosteróides também deve existir cautela”, aconselha Keyth.

E há efeitos colaterais: estudos clínicos observaram pacientes que consumiram altas doses de Ginseng (mais de 2,5g por dia) e, com isso, tiveram impactos no sistema nervoso central, que causaram insônia e nervosismo, por exemplo, e alterações cardiovasculares, como taquicardia e hipertensão. “Outros efeitos indesejados também já foram citados, como dores de cabeça e alterações gastrointestinais”, finaliza.

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