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“Governo Dilma acabou”, afirma Cássio, convocando para protestos

O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), disse nessa sexta-feira (4) que o país foi dormir perplexo com informações sobre suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e acordou ainda mais assustado com as notícias de que a Polícia Federal iniciou a 24ª fase da Operação Lava-Jato, denominada Aletheia (em referência a uma expressão grega que significa ‘busca da verdade’), na casa do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, em São Bernardo do Campo (SP).

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“O governo Dilma acabou. O governo Dilma acabou não só com as esperanças a curto prazo do povo brasileiro, mas mutilou a verdade, aniquilou com a ética, destruiu concepções de governabilidade com transparência, porque tudo o que vem sendo revelado nos últimos anos — e este é um processo longo, extenso, de revelações estarrecedoras — demonstra claramente que é preciso, o quanto antes, que as instituições encontrem, dentro da Constituição, amparada pela lei, uma saída para esta crise” — afirmou Cássio Cunha Lima.

“Às ruas!”

Cássio conclamou a população a ir às ruas no próximo dia 13 e manifestar sua indignação contra o governo. O senador também defendeu a convocação de novas eleições como saída para a atual crise. “Só através da manifestação veemente do nosso povo vamos fazer com que essa pressão popular ecoe no Congresso Nacional” – disse.

Lula é alvo de um dos mandados de condução coercitiva e terá que prestar esclarecimentos. Ele foi encaminhado à Polícia Federal. A ação, disse Cássio Cunha Lima, demonstra que a população pode confiar nas instituições e que ninguém está imune a investigações.

“É preciso refletir por que chegamos até aqui, mas é preciso, antes de qualquer outra coisa, dizer, desde já, que o nosso país, com as suas instituições democráticas, demonstra de forma muito clara que todos devem ser respeitados como cidadãos brasileiros, desde o mais humilde trabalhador rural à mais alta graduada autoridade da República, mas que ninguém está imune à investigação” – assegurou o senador.

Crise aumenta, dólar cai

Para Cássio, o momento é extremamente grave. “O momento é tão grave que, diante de tudo o que foi revelado ontem, e que certamente virá à tona nos próximos dias, uma notícia importantíssima como o resultado do Produto Interno Bruto, do PIB, que é a soma das riquezas do nosso país, teve um destaque modesto”.

O líder do PSDB insistiu: segundo ele, o momento é tão grave que o mercado reage positivamente quando revelações dinamitam o já carcomido governo Dilma.

“Aparentemente, é algo difícil de se entender. Mas como? A crise aumenta e a bolsa reage positivamente, o dólar cai? Sim! À medida que o governo se mostra mais fraco, a economia reage, como se vislumbrando um sopro de esperança, uma luz tênue ao final do túnel diante de um momento de desalento, de desesperança, de desencanto. Porque a verdade é que todo o Brasil, hoje, tem uma consciência: a crise vivenciada tem nome e endereço: Dilma Rousseff, Palácio do Planalto” — sentenciou.

Novas eleições

Cássio ressaltou que o papel da oposição não é o de “tirar uma casquinha” da situação, e que “o momento não é de tripudiar sobre ninguém”, nem de “sapatear sobre o governo” ou “tirar proveito indevido de uma situação que exige a reflexão do país inteiro”. Para ele, o momento é de encontrar um caminho para a crise, que, na opinião dele, passa pela convocação de novas eleições.

“Tenho certeza de que, das duas alternativas que estão postas dentro da Constituição para o desfecho dessa situação caótica, o impeachment ou as novas eleições, a segunda opção é o melhor caminho por uma razão óbvia: porque, no impeachment, de uma certa forma, nós transferimos para a democracia representativa a solução do problema. Através das novas eleições, nós entregamos ao povo, o verdadeiro detentor do poder, a solução para o impasse” — explicou o líder.

“Apesar da desilusão de muitos, do desencanto de tantos, é preciso fazer reacender a esperança e acreditar que o nosso país e o nosso povo serão sempre maiores do que tudo isso; e que toda essa situação vai nos levar a um país fortalecido, a um país mais maduro, onde possamos mostrar, como está sendo provado agora, que ninguém está imune à investigação”, finalizou.

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