O secretário de Saúde do Estado, Wadson de Sousa, informou na tarde desta quinta-feira (9) que o Hospital Regional de Patos (cidade a 320 quilômetros de João Pessoa) passou por algumas mudanças para melhorar o atendimento à população. As medidas atingiram também a direção geral da unidade médica. Sílvia Ximenes deixou o cargo e quem assumiu foi o antes diretor técnico Adilson Viana.
Wadson disse, ainda, que uma auditoria está investigando o caso do jovem Eldivan Gomes de Sousa, de 27 anos, que morreu após receber atendimento na urgência da unidade médica, possivelmente com sintomas de dengue. Ele teria sido medicado e, após ter recebido alta, voltou com o quadro de saúde agravado, o que provocou a sua morte.
“A sorologia foi encaminhada para o laboratório e o resultado deve sair em trinta dias. Nós estamos investigando o caso. já sabemos qual foi a conduta médica e se o resultado dos exames esclarecer que houve diagnóstico equivocado, nós encaminharemos a questão para o Conselho Regional de Medicina”, explicou.
Em relação às mudanças, o secretário informou, ainda, que será aberto um ambulatório na parte externa do Hospital para atender aquelas pessoas egressas da área de ortopedia e cirurgia geral, ou seja, para que aqueles pacientes que passaram por cirurgia não precisem fazer as consultas de retorno no hospital. O objetivo é desobstruir o atendimento na unidade médica, conforme Wadson.
Ele disse que os atendimentos do Regional de Patos devem ser enquadrados no perfil de alta complexidade, portanto os casos de atenção básica devem ser atendido nos ambulatórios dos municípios e nas unidades básicas de saúde.
O Hospital Regional Janduhy Carneiro atende mensalmente 6.500 pessoas no setor de urgência e emergência e são realizadas cerca de 50 cirurgias. O HRP atende 24 municípios da região de Patos e ainda de cidades do Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Morte do jovem
O jovem Eldivan Gomes de Sousa, de 27 anos, morreu no Hospital Regional de Patos, após receber alta e voltar à unidade médica com quadro de saúde agravado, no fim da tarde do domingo (5).
De acordo com informações dos familiares da vítima, Eldivan sentiu fortes dores de cabeça, náusea e febre alta quando foi levado pelo Samu pela primeira vez ao setor de atendimento de urgência do hospital, no sábado (4). Ele teria recebido medicação que, segundo familiares, seria para dengue e depois foi dada alta ao jovem que voltou para casa.
No dia seguinte, no entanto, os sintomas voltaram ainda mais fortes e Eldivan foi novamente levado para o Hospital Regional da cidade e devido ao estado de saúde agravado foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva, mas não resistiu e morreu.
A família do rapaz, que reside no Bairro do Bivar Olinto, na zona oeste de Patos, suspeita que um diagnóstico errado tenha levado ao agravamento do estado de saúde de Eldivan e consequentemente à sua morte. O profissional que atendeu o jovem, segundo familiares, não teria feito um simples exame de sangue e teria diagnosticado dengue, somente ao olhar para o rapaz.
O corpo de Eldivan foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), em João Pessoa, porque de acordo com o IML da cidade de Patos, quando não se sabe a causa da morte, os casos são encaminhados para exames mais avançados que são feitos somente na Capital.
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