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G?s natural chega para casas, empresas e ve?culos, sem poluir e com at? 50% de economia

A crise energética desencadeada pelo impacto natural do uso indiscriminado de fontes convencionais, como a hidrelétrica e o petróleo, tem aumentado a procura por alternativas mais viáveis, ecológicas e seguras. O gás natural é uma delas.

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Nessa atmosfera de incertezas, o gás natural vem apontando na Paraíba como uma possibilidade que além de ser menos poluente e afastar o medo de apagões e racionamentos, chega a ser 50% mais econômico para o bolso do paraibano.

O uso do recurso energético vem aumentando tanto em residências e no comércio, como nos setores automotivo e industrial. Dados da Companhia Paraibana de Gás, a PBGás, informam que são em média 150 novas ligações para uso doméstico mensalmente nas duas principais cidades do estado, João Pessoa e Campina Grande.

Em relação ao uso automotivo, somente as cinco convertedoras cadastradas à PBGás realizaram a conversão de quase 700 veículos, desde 2013, e todo o estado já conta com uma frota de mais de 21 mil veículos convertidos, conforme a Companhia.

No setor industrial, pelo menos 95% das fábricas instaladas por onde passa o gasoduto já possuem geradores usando o gás natural como fonte de energia.

Apesar de ser um combustível fóssil, assim como o petróleo, o gás natural é considerado ecologicamente correto porque é mais limpo. Durante a queima, ele libera vapor de água e dióxido de carbono, que é absorvido pelas plantas durante a fotossíntese. Na Paraíba, o gás natural só é fornecido pela PBGás, que é uma concessionária de economia mista, tendo como maior acionista o governo do Estado.

Economia

Além da questão ambiental, outro atrativo forte dessa fonte energética é a economia. Nos diversos setores as vantagens são incontestáveis.

Para grandes empreendimentos residenciais e comerciais, a exemplo de condomínios, shoppings, supermercados, padarias, hotéis e restaurantes, de acordo com o gerente Residencial e Comercial da Companhia Paraibana de Gás, Renato Vilarim, o gás natural vem substituindo o gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, e também a energia elétrica que é usada para o aquecimento de água de torneiras, chuveiros e piscinas. A economia em alguns casos pode chegar até a 40%.

No caso da indústria, a utilização do gás natural é para geração de energia térmica e elétrica. O gerente do setor Automotivo da PBGás, Evaldo Melo, informou que a economia de energia acontece principalmente nos horários de pico, chamados de horários de ponta, que são das 17h30 às 20h30.

“Nesse horário a energia elétrica convencional é bem mais cara. Além da empresa gerar a energia elétrica que precisa para equipamentos como moto geradores e turbinas, ela também poderá dispor da energia térmica. Além disso, o excedente poderá ser vendido para a própria companhia de energia elétrica”, revelou.

Já para os automóveis, as vantagens econômicas para quem percorre diariamente longas distâncias são indiscutíveis. Pois enquanto o preço do litro da gasolina fica entre R$ 3,08 e R$ 3,39, o metro cúbico do gás natural varia entre R$ 1,99 e R$ 2,20. E quando se fala em custo por quilômetro rodado, o preço do gás natural cai pela metade.

Em João Pessoa e Campina Grande existem 38 postos de combustíveis que dispõem do gás natural, espalhados em 13 municípios do Estado. Esses municípios estão na Grande João Pessoa, na Grande Campina Grande, na Grande Patos e ainda nos municípios de Remígio e Guarabira, no Agreste do estado.

PBGás é uma empresa que tem como acionista o Estado

Foto: PBGás é uma empresa que tem como acionista o Estado
Créditos: Secom-PB

Tubulação apropriada

O uso do recurso acontece em áreas onde já existem tubulação apropriada ao fornecimento. No caso do uso doméstico, as áreas que já dispõem essa assistência na Capital paraibana são Manaíra, Tambaú, Cabo Branco, Miramar, Jardim Oceania, Aeroclube, Altiplano, no Centro e alguns trechos do Bairro da Torre, e em Mangabeira, no trecho onde está localizado o Mangabeira Shopping.

Renato Vilarim, gerente Residencial e Comercial da PBGás, informou que até 2019, pelo menos mais sete áreas deverão ser atendidas com tubulações, entre elas Bancários, Bairro dos Estados, Bessa, Brisamar, Tambauzinho e Expedicionários, em João Pessoa, e Intermares, em Cabedelo, na região metropolitana.

Para ter o gás natural em casa ou na empresa basta ter um equipamento que disponibilize o uso, como fogões industriais. Para utilização como energia térmica, é necessário adquirir o equipamento apropriado disponível em lojas do ramo.

Já o uso industrial, a rede de tubulação abrange uma área que vai de João Pessoa até Campina Grande. No percurso, quase todas as indústrias paraibanas que podem fazer uso do gás natural já fazem a captação do recurso. São indústrias de alimentos, têxteis, de bebidas, indústrias químicas, metalúrgicas, de cerâmicas e calçados.

Desconto para veículos

Com o objetivo de incentivar o uso do gás natural veicular (GNV), já que o único veículo que vem equipado de fábrica é o Siena Tetrafuel, da Fiat, a PBGás oferece desconto entre R$ 450 e R$ 600 aos consumidores que fizeram a conversão de combustível nas convertedoras cadastradas na Companhia.

Para ter direito ao bônus, Evaldo Melo explicou que o consumidor deve realizar todo procedimento legal, com as devidas notas fiscais, e ainda ter emitido documento de conversão junto Detran.

“Com toda documentação pronta, é só dar entrada solicitando o bônus. O objetivo é justamente reduzir os custos com a instalação dos equipamentos no veículo. Essa vantagem vai perdurar até o fim deste ano, ou seja, até o dia 31 de dezembro de 2015”, garantiu.

Outra facilidade oferecida pela PBGás é a possibilidade de adquirir um financiamento através do Programa Empreender Paraíba voltado àquelas pessoas que trabalham com serviço de transporte, como taxistas e frentistas. Os juros são de 0,64% ao mês e o financiamento pode ser pago em até 24 meses, com carência de quatro meses para começar a pagar.

Gás natural surge como recurso mais econômico

Foto: Gás natural surge como recurso mais econômico
Créditos: Secom PB

Segurança

Outra questão discutida é a segurança. No caso da energia gerada a partir do gás natural em residências, comércio e indústria, ela é feita exclusivamente pela concessionária paraibana que segue todos os requisitos técnicos exigidos legalmente.

Evaldo orientou os motoristas a sempre sair dos veículos no momento em que está sendo feito o abastecimento. “É prudente que se aguarde a finalização fora do veículo, uma vez que trata-se de um combustível gasoso”, orientou.

Outra dica dada por Evaldo diz respeito ao equipamento. A recomendação é que após o uso prolongado do veículo, nos últimos dois quilômetros rodados, o motorista passe a usar gasolina para lubrificar as partes internas do equipamento evitando assim o desgaste prematuro.

As empresas convertedoras precisam ser acreditadas pelo Inmetro para a realização da conversão. Por isso, o gerente da PBGás orienta os motoristas a evitarem convertedoras clandestinas, porque elas não possuem o selo de garantia, nem são fiscalizadas pelo órgão.

Outra exigência do quesito segurança é a manutenção dos equipamentos que deve ser feita anualmente.

Carros devem ser equipados por empresas recomendas pela PBGás

Foto: Carros devem ser equipados por empresas recomendas pela PBGás
Créditos: João Francisco/Secom-PB

Experiências

Uma das maiores empresas do ramo de administração de condomínios, a Efetiva, cita, além da economia que fica entre 30% a 40%, a praticidade como ponto positivo do uso do gás natural como fonte energética. De acordo com Jane Queiroga Dantas, que gerencia a empresa, a facilidade ocorre, principalmente, quando substitui o tradicional botijão de gás de cozinha. Além de não existir a preocupação com a falta do gás, não precisamos mais pedir o produto pelo telefone e nem ficar transportando os botijões pelo condomínio, trazendo riscos aos moradores”, contou. Para ela, acabou o aborrecimento e a preocupação com o abastecimento de gás de cozinhas e com a energia para chuveiros elétricos e piscinas.

Um item citado como vantajoso por ela é a questão da segurança. “A concessionária faz toda a instalação e só instala os equipamentos e a tubulação quando todos os requisitos de segurança são alcançados e nos dá toda orientação que precisamos, além de fazer também a manutenção”, elogiou.

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