Após sofrer duas punições desde sexta-feira e largar na 10ª posição, o inglês Lewis Hamilton, que preferiu apostar em uma corrida agressiva, ganhou nove posições e superou o rival Max Verstappen na reta final para vencer o GP Brasil de F1. Com a bandeira quadriculada levantada, o piloto levou os brasileiros às lágrimas em Interlagos ao percorrer o circuito balançando uma bandeira do Brasil, em gesto imortalizado pelo ídolo Ayrton Senna.
Ao subir no muro dos boxes com a bandeira levantada, Hamilton levou as arquibancadas ao delírio, e os gritos de “Sennaaa! Sennaaa!” foram entoados pelo público, que invadiu a pista do autódromo na sequência.
“Que corrida! Obrigado, Brasil. Foi inacreditável o apoio que recebi neste final de semana. Estou muito orgulhoso com todo o amor e a paixão da torcida brasileira”, disse Hamilton enrolado na bandeira do Brasil, antes da subida ao pódio.
Após a cerimônia de premiação, o piloto explicou de onde veio a ideia da homenagem:
“Eu pensei durante a prova mesmo. Estava seguindo o Max e comecei a pensar o que faria se eu conseguisse chegar e ultrapassar. Daí me lembrei do Senna. Lembro de ver os vídeos dele, que ele levava a bandeira quando vencia. E eu sei o quanto os brasileiros são apaixonados, então foi importante, porque sou sempre muito bem recebido aqui”, afirmou o britânico.
Além das homenagens nas pistas, Hamilton publicou imagens de Senna nas redes sociais, frases em português, fotos do capacete em homenagem ao país e entrevistas com declaração de amor ao Brasil..
Somando sprint race e corrida, Hamilton apostou em um estilo ofensivo e ganhou ao todo 25 posições no sábado e no domingo. Todas as ultrapassagens foram feitas na pista, nenhuma era fruto de estratégias prévias, o que tornou cada uma delas ainda mais especial. Nas arquibancadas, o público ia à loucura, e celebrava os triunfos do piloto como se fossem gols. Mesmo antes de entrar no carro, as aparições nos boxes já eram motivo para agitação dos torcedores.
Com 318,5 pontos contra 332,5 pontos do líder, Hamilton aposta em boas colocações nos três últimos circuitos do ano – Qatar, Arábia Saudita e Abu Dhabi – para tentar seu oitavo título mundial. O feito o tornaria o maior campeão da história da Fórmula 1, à frente do heptacampeão Michael Schumacher.
Do outro lado, Max Verstappen busca o primeiro título de sua carreira na F1. Caso consiga, o piloto quebrará a hegemonia de quatro títulos seguidos de Hamilton e de sete consecutivos da Mercedes. Além disso, o holandês de 24 anos da Red Bull pode se tornar o primeiro campeão nascido fora da Inglaterra e da Alemanha desde 2007, quando o finlandês Kimi Raikkonen venceu a competição.