Toni Collette, 45, estava decidida a dar uma pausa nos trabalhos mais intensos e fazer uma comédia mais relaxante. Somente no ano passado, a atriz australiana esteve em nove projetos.
Mas Hereditário, seu primeiro longa de 2018, passa longe das risadas: é o filme de horror mais perturbador dos últimos anos, uma trama macabra sobre luto e demônios.
Enquanto filmava Madame (2017) em Paris, porém, recebeu de seu agente o roteiro e se sentiu urgida a aceitar.
Hereditário é o primeiro longa do diretor e roteirista Ari Aster, 31, que fez fama no mundo dos curtas. Ele conta a história de uma família lidando com a morte da matriarca, uma mulher repleta de “segredos e suspeitas”, como descreve sua filha, Annie, vivida por Collette.
“É uma bela meditação sobre luto”, diz a atriz. “Essa família tenta superar a dor mais dilacerante que existe, e não há uma maneira certa ou errada para lidarmos com ela. E, no momento mais sombrio, tudo ainda fica pior para eles.”
“Há elementos assustadores no filme. Mas amo que a trama seja sobre como a morte quebra a dinâmica familiar”, diz Collette. “O sobrenatural é uma extensão direta de algo muito natural e acredito que seja um milagre ter um longa com esses dois elementos batalhando”.
*Com Jornal Correio da Paraíba.