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Heróis da resistência

Vivemos ontem, ainda de pé, mais um dia da indústria.

O dia 25 de maio é daquelas datas que jamais passarão incólumes na minha agenda. Nem poderia: a indústria faz parte da minha vida, foi meu primeiro propulsor empresarial.

Contrariando as expectativas familiares – eles sempre me viam médico, seguindo a “linhagem” que geração após geração abraçou a medicina – aos 22 anos já era industrial, disfarçando aquela cara de menino impúbere, marca característica da genética Cavalcanti Ribeiro.

Podia não aparentar a idade que tinha, mas já estava abraçado com minha opção profissional. E dela jamais me apartei. Mesmo com todas as provações que viriam pela frente.

Não exagero quando afirmo que, nesta ambiência, enfrentei de tudo muito: variações cambiais, congelamento de preços, apropriação de saldos bancários e reservas financeiras, mais de dez planos econômicos, moedas nacionais diversas…

Obviamente, não passamos por tudo isso sem sofrer as consequências.

Os desafios e adversidades existiram no pretérito. E continuam a existir no presente – infelizmente, em doses cada dia mais cavalares.

Ouso dizer que nunca, em minha trajetória empresarial, estive tão exposto ao futuro do Brasil como no momento presente. Vivo um momento em que a atividade econômica no País chega a níveis alarmantes de queda.

Os números que exibo a seguir são análogos aos registros de um enfermo na UTI – e mostram um organismo em profunda luta pela sobrevivência.

Nosso oxigênio está curto. Nossa força vital cambaleia.

A participação da indústria no PIB nacional, por exemplo, estaciona hoje na casa de 22,7% – o mais baixo já registrado no nosso País na série histórica desde 1947.Ou seja: em toda a minha existência nunca estivemos com tão diminuta participação.

A produção industrial PIN-PF, medida pelo IBGE em abril, foi reduzida em 11,6%. A ociosidade (UCI) atingiu 64%. E o índice de confiança do empresário da indústria despencou para 36,2%, quando a média histórica é de 54,6%.

Os dados mostram que estamos, de fato, carentes de cuidados intensivos. As adversidades vêm em turbilhão.

Aliado a estes dados negativos convivemos com uma legislação trabalhista inadequada a competitividade. E com taxas de juros real das mais elevadas do mundo.

O que nos resta?

A inabalável esperança da classe. Aquele inexplicável otimismo empreendedor.

Juntos, acalentamos um sonho: ver o Brasil chegar, um dia, a um instante produtivo compatível com seu potencial econômico.

Um país que nos dê segurança no sentido amplo da palavra – pessoal, patrimonial, jurídico, político, institucional.

Um país onde se possa planejar pelo menos a médio prazo, superando nossa histórica inapetência ao planejamento.

Hoje, não sabemos sequer quem será o presidente da República nos próximos meses.

Como, então, antever os próximos passos? Como enxergar além da esquina?

Do ângulo em que espreito este horizonte, só consigo enxergar nossa disposição de resistir.

E esta resistência é prova inconteste de que o menino Roberto vivia, na plenitude da juventude – quando (com perdão do trocadilho) a inconstância é uma constante – um amor verdadeiro.

Respiro indústria há 50 anos. Adoro o seu odor.

E não estou só – nem no amor nem na resistência.

E é por isso que o Dia da indústria é, também, o dia dos heróis da resistência. E quando falo heróis, entendo como merecedores do título nossos companheiros de luta, nossos industriários, nossos prestadores de serviços. E, ainda, nossos capitães da indústria, que no momento timoneiam barquinhos alcançados por intensa tempestade.

Surge no horizonte, porém, uma expectativa positiva, na forma de uma nova e competente equipe econômica.

A bonança, enfim, poderá se instalar.Vivemos ontem, ainda de pé, mais um dia da indústria.

O dia 25 de maio é daquelas datas que jamais passarão incólumes na minha agenda. Nem poderia: a indústria faz parte da minha vida, foi meu primeiro propulsor empresarial.

Contrariando as expectativas familiares – eles sempre me viam médico, seguindo a “linhagem” que geração após geração abraçou a medicina – aos 22 anos já era industrial, disfarçando aquela cara de menino impúbere, marca característica da genética Cavalcanti Ribeiro.

Podia não aparentar a idade que tinha, mas já estava abraçado com minha opção profissional. E dela jamais me apartei. Mesmo com todas as provações que viriam pela frente.

Não exagero quando afirmo que, nesta ambiência, enfrentei de tudo muito: variações cambiais, congelamento de preços, apropriação de saldos bancários e reservas financeiras, mais de dez planos econômicos, moedas nacionais diversas…

Obviamente, não passamos por tudo isso sem sofrer as conseqüências.

Os desafios e adversidades existiram no pretérito. E continuam a existir no presente – infelizmente, em doses cada dia mais cavalares.

Ouso dizer que nunca, em minha trajetória empresarial, estive tão exposto ao futuro do Brasil como no momento presente. Vivo um momento em que a atividade econômica no País chega a níveis alarmantes de queda.

Os números que exibo a seguir são análogos aos registros de um enfermo na UTI – e mostram um organismo em profunda luta pela sobrevivência.

Nosso oxigênio está curto. Nossa força vital cambaleia.

A participação da indústria no PIB nacional, por exemplo, estaciona hoje na casa de 22,7% – o mais baixo já registrado no nosso País na série histórica desde 1947.Ou seja: em toda a minha existência nunca estivemos com tão diminuta participação.

A produção industrial PIN-PF, medida pelo IBGE em abril, foi reduzida em 11,6%. A ociosidade (UCI) atingiu 64%. E o índice de confiança do empresário da indústria despencou para 36,2%, quando a média histórica é de 54,6%.

Os dados mostram que estamos, de fato, carentes de cuidados intensivos. As adversidades vêm em turbilhão.

Aliado a estes dados negativos convivemos com uma legislação trabalhista inadequada a competitividade. E com taxas de juros real das mais elevadas do mundo.

O que nos resta?

A inabalável esperança da classe. Aquele inexplicável otimismo empreendedor.

Juntos, acalentamos um sonho: ver o Brasil chegar, um dia, a um instante produtivo compatível com seu potencial econômico.

Um país que nos dê segurança no sentido amplo da palavra – pessoal, patrimonial, jurídico, político, institucional.

Um país onde se possa planejar pelo menos a médio prazo, superando nossa histórica inapetência ao planejamento.

Hoje, não sabemos sequer quem será o presidente da República nos próximos meses.

Como, então, antever os próximos passos? Como enxergar além da esquina?

Do ângulo em que espreito este horizonte, só consigo enxergar nossa disposição de resistir.

E esta resistência é prova inconteste de que o menino Roberto vivia, na plenitude da juventude – quando (com perdão do trocadilho) a inconstância é uma constante – um amor verdadeiro.

Respiro indústria há 50 anos. Adoro o seu odor.

E não estou só – nem no amor nem na resistência.

E é por isso que o Dia da indústria é, também, o dia dos heróis da resistência.

E quando falo heróis, entendo como merecedores do título nossos companheiros de luta, nossos industriários, nossos prestadores de serviços.

Por fim, nossos capitães da indústria, que no momento timoneiam barquinhos alcançados por intensa, amedrontadora e imprevisível tempestade.

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