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Hospital da Unimed-JP é o 1º a usar plasma de recuperado contra Covid

O Hospital Alberto Urquiza Wanderley, unidade própria da Unimed João Pessoa, realizou neste sábado (23) a primeira infusão de plasma de um recuperado da Covid-19 em um paciente infectado com o novo coronavírus.

O Núcleo Estratégico de Enfrentamento à Covid-19 da Unimed JP é o responsável pelo procedimento. “Este é um tratamento promissor no combate à doença. Os estudos apontam que o uso desta técnica diminui a replicação do vírus no paciente e seu sistema imunológico consegue responder melhor à agressão do vírus”, explicou o anestesiologista Gilvandro Lins, que integra o núcleo.

O plasma sanguíneo usado no paciente veio de uma parceria entre a Unimed-JP e o Hemovida de Natal (RN). Nesta primeira infusão, dois homens, um de 55 anos e outro de 63, receberam cerca de 200 ml do plasma convalescente, cada um. A identidade do paciente que fez a doação do sangue é sigilosa, no entanto, é uma pessoa que teve exame confirmado para Covid-19 e está sem sintomas há mais de 30 dias.

“A Unimed-JP tem investido fortemente em estudos e aplicações de novas tecnologias para cuidar dos seus clientes. Desde o início da pandemia, a Unimed JP tem buscado soluções inovadoras que estão sendo aplicadas nos melhores centros de medicina do mundo, a exemplo do uso de plasma de recuperados para tratar os pacientes infectados com o novo coronavírus. Tudo isso para dar o que há de melhor para nossos clientes”, declarou o presidente do Conselho de Administração da Unimed João Pessoa, Gualter Ramalho.

Paraíba é pioneira no Nordeste

A Paraíba começou usar plasma sanguíneo de pessoas que se recuperaram da Covid-19 no tratamento de pacientes que estão em estado grave. A alternativa terapêutica já foi adotada por alguns estados brasileiros, mas, no Nordeste, a Paraíba é pioneira. Coleta, processamento, armazenamento e distribuição do material sanguíneo serão feitos pelo Hemocentro.

O plasma é a parte líquida do sangue. Apresenta cor amarelada e é constituído por água, sais minerais e proteínas. A participação do Hemocentro na pesquisa, comandada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), foi anunciada nessa quinta-feira (21). O Laboratório Central do Estado da Paraíba (Lacen) também participa do projeto.

Inicialmente, o plasma sanguíneo será usado em 100 pacientes dos hospitais de enfrentamento à Covid-19 localizados na Região Metropolitana de João Pessoa. O secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, demonstra grande entusiasmo pela execução do projeto. A pesquisadora e coordenadora do projeto, Daniele Idalino Janebro, ressalta que o projeto tem como foco salvar vidas. “Pretendemos pesquisar de que forma o uso do plasma convalescente, com vários anticorpos pode estar neutralizando os vírus SARC-CoV-2”, observou.

Quem pode doar

A médica hematologista do Hemocentro, Sandra Sibele, explica que o futuro doador de plasma convalescente deve apresentar um laudo comprovando o teste RT-PCR positivo para Covid-19. Outros requisitos são: ter de 18 a 60 anos; estar há 30 dias sem os sintomas do Covid-19; não ter se hospitalizado em virtude da doença; e, no caso de doadoras mulheres, não pode haver histórico de gravidez.

A doação do plasma convalescente é segura tanto para o doador quanto para os profissionais envolvidos no processo, assim como para os receptores. “Doadores que não desenvolveram a doença gravemente, que não foram hospitalizados e possam pensar em salvar vidas poderão candidatar-se à doação e participar do projeto”, ressaltou. Os interessados deverão entrar em contato pelo WhatsApp do Hemocentro por mensagem encaminhada para o telefone (83) 3133-3465, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

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