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HULW passa a ser o único hospital público da Paraíba a fazer tratamento de troca de plasma sanguíneo

Antes, pacientes precisavam ser encaminhados para Pernambuco, até então o local mais próximo para tratamento
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HULW, em João Pessoa (Foto: Arquivo/Jornal Correio)

O Hospital Universitário Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba e vinculado à Rede Ebserh, em João Pessoa, passa a ser a única instituição pública de saúde do estado a realizar o procedimento de alto custo chamado plasmaférese terapêutica. Antes, os pacientes precisavam ser encaminhados para Pernambuco, até então o local mais próximo para realização do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

O primeiro procedimento no HULW foi realizado na manhã do último dia 1º de fevereiro, na sala de hemodiálise localizada no 5º andar do hospital, em um paciente de 36 anos, que passará por pelo menos mais quatro sessões.  

A plasmaférese terapêutica consiste em um tratamento em que são removidos elementos do plasma sanguíneo responsáveis pelo desenvolvimento de doenças, ou seja, o plasma sofre um processo de filtração, em que são retiradas as substâncias indesejáveis causadoras das doenças.  

“Na paraíba, o procedimento não era realizado em nenhum hospital público e os pacientes eram transferidos para Pernambuco. Isso gerava vários transtornos, desde econômicos, dificuldade de conseguir vaga para o paciente no estado vizinho, bem como a impossibilidade de transferir o paciente devido à gravidade de seu caso, uma vez que alguns encontravam-se em ambiente de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por exemplo”, explicou a médica nefrologista, Cristianne da Silva Alexandre. 

Com o incremento na assistência, o HULW deve se tornar referência estadual no atendimento para plasmaférese terapêutica, recebendo pacientes de outras instituições de saúde. O tratamento é indicado para pessoas com doenças reumatológicas, nefrológicas, neurológicas e hematológicas. “Esse foi o primeiro procedimento realizado no hospital de não terceirizada e, como não era oferecido pelo serviço público no estado da Paraíba, acreditamos existir uma demanda reprimida”, citou Cristianne. 

O gerente de atenção à saúde do HULW-UFPB/Ebserh, José Eymard Medeiros Filho, destacou a importância do procedimento para melhoraria na qualidade vida de pacientes que necessitam desse tipo de intervenção. “Trata-se de um procedimento de alta complexidade, de alto custo e que trará grande impacto para a saúde dos pacientes”, considerou. 

“O HULW já possuía o equipamento desde 2015, porém sempre foi utilizado para modalidade de hemodiálise. Os insumos para cada sessão giram em torno de R$ 3,5 mil. A terapia pode acontecer na sala de hemodiálise que é equipada com monitores, porém, também pode ocorrer em unidade de terapia intensiva”, explicou a nefrologista. Patologias como mieloma múltiplo, miastenia gravis e a síndrome de Guillain-Barré são provocadas por anticorpos nocivos que estão presentes no plasma, sendo, portanto, passíveis de serem tratadas com sessões de plasmaférese.

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