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Idosa é diagnosticada com raiva humana após ser mordida por raposa

Uma idosa de 68 anos foi diagnosticada com raiva humana na Paraíba. Ela sofreu uma mordida de raposa no dia 8 de abril, na Zona Rural de Riacho dos Cavalos, Sertão do estado. A mulher está internada no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, em estado grave. O resultado laboratorial que confirma a doença foi divulgado pelo Instituto Pasteur, em São Paulo, na quarta-feira (24). Este é o primeiro caso de raiva humana registrado na Paraíba nos últimos cinco anos.

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De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a idosa teve a mão amputada durante a mordida. Ela deu entrada em um hospital de Catolé do Rocha apresentando sintomas característicos da raiva humana, como dificuldade de deglutição, delírios, espasmos, desorientação e agitação psicomotora. No mesmo dia, a idosa foi transferida para a Capital, onde foi coletado material para o exame no laboratório de referência.

A idosa permanece internada, sedada e entubada, em quadro clínico considerado grave. Mesmo desacordada, ela apresentou movimento de membros, espasmos e desequilíbrio de funções involuntárias de coordenação.

A doença

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e é transmitida para os humanos pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura ou lambedura desses animais. O vírus ataca o sistema nervoso central.

“Trata-se de uma doença extremamente aguda e com letalidade de 99,9%. É importante que a população redobre os cuidados preventivos, principalmente no trato de cães e gatos domiciliados, semi-domiciliados e de rua, além de outros animais como bois, porcos e cavalos. É muito importante evitar ao máximo os acidentes com esses animais e animais silvestres”, alerta a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares.

No Brasil e no mundo, os cães ainda são considerados responsáveis por mais de 90% da exposição do homem ao vírus da raiva e por mortes em seres humanos pela doença.

“No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Se for uma possível exposição ao vírus da raiva, é imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão ou outro detergente, em seguida antissépticos. A limpeza cuidadosa tem que ser feita o mais rápido possível após a agressão e repetida na unidade de saúde, independentemente do tempo transcorrido”, orienta o chefe do Núcleo de Zoonoses da Secretaria, Francisco de Assis Azevedo.

A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, o que, consequentemente, previne também a raiva humana. Deve-se sempre evitar se aproximar de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocá-los quando estiverem se alimentando, com crias ou mesmo dormindo. A SES orienta, ainda, a nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.

Vacinas antirrábicas para animais são disponibilizadas nas 12 Gerências Regionais de Saúde da Paraíba. Já o soro antirrábico humano fica disponível apenas em unidades de referência. São elas: Hospital General Edson Ramalho, em João Pessoa; Hospital Regional de Trauma Dom Luiz Gonzaga, em Campina Grande; Hospital Regional Deputado Janduhy Carneiro, em Patos; e Hospital Regional de Cajazeiras.

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