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Idosos viram heróis em campanha da Casa do Ancião

As vezes esquecidos, mas os que trazem as melhores histórias e depoimentos a respeito das coisas da vida. Esses são os idosos. E há 35 anos um local vem dando atenção, carinho e moradia a estes que foram e são verdadeiros heróis.

Com o slogan de ‘Todo herói um dia precisa de Ajuda’, a Casa do Ancião Maria Ribeiro de Lima, em Santa Rita, na Grande João Pessoa, lançou campanha com o objetivo de divulgar a instituição, que sobrevive apenas de doações e tem em média gastos em torno de R$ 40 mil mensais.

A instituição abriga 78 idosos e pessoas com algum tipo de deficiência, possuindo 21 dormitórios, divididos entre ala masculina e feminina.

Para a campanha, os idosos do Lar se vestiram de super-heróis e posaram para uma belíssima sessão de fotos, feita por profissionais de jornalismo e publicidade de forma voluntária.

Segundo a diretora e fundadora da casa, Lúcia Costa, a ideia de fantasiar os idosos de super-heróis veio depois de um vendaval que aconteceu no mês de julho e destruiu boa parte do telhado do local. Na ocasião, alguns idosos morreram em decorrência do susto, mas a maioria se manteve calmo para que toda a situação fosse resolvida.

“Eu tive a ideia de fantasiá-los de super-heróis, por conta do telhado que foi embora nesse vendaval e foi um silêncio total, eles aceitaram tudo. Eles foram verdadeiros heróis. alguns foram a óbito, enfartaram”, explicou.

Ela acrescentou que a casa acolhe todo mundo que precisa de ajuda e não tem nenhuma parceria. Por esse motivo necessita de doações. “Eu acolho todo mundo, não é só idoso, é uma instituição de caridade. Não temos parceria com prefeitura e com o Estado. Então a gente precisa muito de doações, porque tem várias pessoas aqui que não têm salário”, afirmou.

A moradora da casa Maria José contou que adora o local e se fantasiou para colaborar com a campanha.

“Eu me fantasiei para pedir uma ajuda. Faz mais de 10 anos que eu estou aqui. Fui para casa, em casa não gostei, pelo costume que tenho aqui. Aí eu me fantasiei de ‘gata’ para pedir uma ajuda. Deu aquela ventania, arrancou o telhado, arrancou tudo. Eu peço a vocês que deem uma ajuda”, relatou.

Doações e visitas

A diretora da casa ressaltou que o lar necessita de todo tipo de doações, além de visitações e amor das pessoas que gostam de trabalhar com voluntariado. “Podem visitar. A visita aqui é diária, de 13h às 16h30. Nós recebemos todo tipo de doações e ajuda. Não gosto muito de receber dinheiro, eu prefiro que a pessoa já traga a doação”, disse.

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