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Impasse político teria impedido avião de trazer corpos para PB

Um desencontro de informações. Essa foi a justificativa inicial apresentada pelas autoridades para explicar os motivos de o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) não ter feito o traslado dos corpos dos paraibanos mortos em um trágico acidente ocorrido na estrada do estado de Minas Gerais no último sábado (13). Mas, ao que parece, o impasse teria sido causado por problemas políticos. Nesta quarta-feira (17), o prefeito Laurinho Maia, do município de Catolé do Rocha, no Sertão, a 433 quilômetros da capital – local onde a maioria das vítimas morava – revelou detalhes dessa falha de comunicação. Os corpos só chegaram à Paraíba na noite dessa terça-feira (16) por volta das 20h30, e foram trazidos em carros funerários.

Veja também: Comoção para Sertão em velório e enterro de vítimas de acidente

Sob o argumento de que não queria citar nomes e nem envolver nenhum político no problema, Laurinho explicou que chegou a ligar para deputados federais paraibanos e até para ministros, que liberaram a aeronave para fazer a viagem. Mas, no meio do caminho alguém, que ele não revelou quem, soltou a informação de que o problema já havia sido solucionado e não haveria a necessidade da utilização do avião.

“Inicialmente as famílias me passaram que a seguradora ia cobrir o translado. Então, como gestor, só me restava esperar. No outro dia, alguns familiares disseram que a seguradora tinha cancelado o translado e me pediram para procurar as lideranças políticas e eu assim fiz. Liguei para Efraim Filho (deputado federal), que ligou para Raul Julgmam e estava esperando um retorno. Liguei para o ministro Hermam Benjamim e ele falou com Raul Julgmam. Ele (Hermam) me retornou dizendo que Julgmam e que o avião estava liberado”, contou Laurinho durante entrevista concedida ao programa Correio Debate, da rádio Correio Sat/98FM.

Contudo, depois de todo esse percurso, as informações começaram a se desencontrar. “Enquanto isso, esse pessoal (familiares dos mortos) sempre estava em nosso gabinete. Em certa hora ligaram para um parente e ele me passou que o problema do avião havia sido resolvido e eu fiquei feliz. Aí depois me disseram que houve um desencontro de informações”, narrou o prefeito.

Laurinho explicou, ainda, que logo em seguida o ministro Hermam Benjamim falou que teria havido uma informação incorreta e que o avião não poderia mais fazer o translado dos corpos, porque o problema já havia sido resolvido.

O prefeito de Catolé do Rocha finalizou dizendo que, em respeito às famílias, gostaria de encerrar o assunto sobre o impasse.

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