Um novo incêndio florestal teve início nesta quarta-feira (22) na região de Los Angeles, e obrigou mais de 30 mil moradores a saírem de suas casas na costa oeste dos Estados Unidos, que ainda se recuperava de duas semanas de chamas intensas.
Além das 31 mil pessoas desabrigadas, outras 23 mil receberam avisos de evacuação. O fogo do incêndio Hughes avançava sem controle pelas colinas próximas ao lago Castaic, e se propagou por mais de 3.000 hectares em pouco mais de seis horas.
As chamas foram avivadas pelos ventos fortes e secos que costumam atingir a Califórnia nesta época do ano. Em apenas algumas horas, a nova queimada cresceu para dois terços do tamanho do incêndio Eaton, que devastou a área de Los Angeles nos últimos dias e deixou 28 mortos.
Fogo atingiu 38 km² e surpreendeu pela rapidez em se propagar. “Estávamos passeando com os animais no entorno dessa colina e observei um pouco de fumaça. Em menos de cinco minutos, ela se tornou a maior coluna de fumaça que já vi. Do nada, ficou tudo escuro”, contou um morador ao canal de TV KTLA.
Cerca de 2.000 estudantes foram retirados de instituições de ensino na região. O departamento do xerife do condado de Los Angeles pediu que os cidadãos acatassem imediatamente as ordens de evacuação enquanto a TV local exibia imagens da polícia pedindo à vizinhança que deixasse a região.
Donald Trump ameaçou na quarta suspender a ajuda federal para desastres em Los Angeles. Segundo ele, isso deve ocorrer caso os líderes da Califórnia não mudem a abordagem do estado em relação à gestão da água.
Ele afirmou que a dificuldade em domar alguns dos incêndios é culpa do governador democrata Gavin Newsom. Em entrevista à Fox News, o político repetiu falsas alegações de que os esforços de conservação de peixes na parte norte do estado são responsáveis pelo ressecamento de hidrantes em áreas urbanas.
Ameaça ocorreu enquanto o político se prepara para a primeira viagem presidencial de sua segunda gestão. Na sexta-feira (25), ele visitará o sul da Califórnia, além do oeste da Carolina do Norte, que está se recuperando depois que o furacão Helene atingiu a área há mais de três meses.
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