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Inflação desacelera em janeiro, mas preços dos alimentos voltam a subir

Aumento de 0,42% do IPCA foi influenciado pelas altas da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%) e do feijão-carioca (9,70%)
No grupo de alimentação, as frutas subiram 5,07% Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A inflação oficial do país desacelerou e ficou em 0,42% em janeiro, informou nesta quinta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve uma queda de 0,17 ponto percentual em relação a dezembro, quando variou 0,56%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 4,51%. Em janeiro de 2023, a variação havia sido de 0,53%. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

O resultado deste mês foi influenciado pelo aumento nos preços de alimentos e bebidas, que subiram 1,38%. No grupo, a alimentação no domicílio subiu 1,81% Contribuíram para este cenário as altas da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).

“O resultado de janeiro tem, assim como em dezembro, o grupo alimentação e bebidas como principal impacto. O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida. É a maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. Depois da alimentação, destaca-se a alta de Saúde e cuidados pessoais (0,83% e 0,11 ponto percentual).

No entanto, o grupo Transportes registrou queda no índice de janeiro (-0,65% e -0,14 ponto percentual), com o recuo na passagem aérea, após sequência de aumentos, subitem com maior impacto individual no índice do mês (-15,22% e -0,15 ponto).

Os demais grupos ficaram entre o -0,08% de Comunicação e o 0,82% de Despesas pessoais.

“Historicamente, há uma alta dos alimentos nos meses de verão, em razão dos fatores climáticos, que afetam a produção, em especial, dos alimentos in natura, como os tubérculos, as raízes, as hortaliças e as frutas. Neste ano, isso foi intensificado pela presença do El Niño”, destaca André.

“No caso do arroz, houve a influência do clima adverso e da preocupação com a nova safra. Além disso, a Índia, maior produtor mundial, enfrentou questões climáticas que atingiram a produção e cessou as exportações no segundo semestre do ano passado, o que provocou o aumento do preço desse produto no mercado internacional”, explica.

A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,53%). Tanto o lanche (0,32%) como a refeição (0,17%) tiveram altas menos intensas que as registradas em dezembro (0,74% e 0,48%, respectivamente).

Em Saúde e cuidados pessoais (0,83%), os itens de higiene pessoal subiram 0,94%, influenciados pelas altas do produto para pele (2,64%) e do perfume (1,46%). O plano de saúde (0,76%) e os produtos farmacêuticos (0,70%) também registraram alta em janeiro.

No grupo Habitação (0,25%), o resultado da energia elétrica residencial (-0,64%) foi influenciado pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,79%), Fortaleza (-0,27%) e Salvador (-9,11%), a partir de 1º de janeiro, bem como pela apropriação do reajuste de 13,00% nas tarifas em Rio Branco (5,00%), a partir de 13 de dezembro.

Em relação aos combustíveis (-0,39%), houve recuo nos preços do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%), enquanto o gás veicular (5,86%) registrou alta. O subitem táxi apresentou alta de 1,25% devido aos reajustes, a partir de 1º de janeiro, de 4,21% no Rio de Janeiro (3,95%) e de 4,61% em Salvador (4,31%).

Variação da inflação

  • Janeiro/2023 – 0,53%
  • Fevereiro/2023 – 0,84%
  • Março/2023 – 0,71%
  • Abril/2023 – 0,61%
  • Maio/2023 – 0,23%
  • Junho/2023 – -0,08%
  • Julho/2023 – 0,12%
  • Agosto/2023 – 0,23%
  • Setembro/2023 – 0,26%
  • Outubro/2023 – 0,24%
  • Novembro/2023 – 0,28%
  • Dezembro/2023 – 0,56%
  • Janeiro/2024 – 0,42%

Fonte: IBGE

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