Cidades paraibanas recebem nos dias 2 e 3 de junho, mais uma edição do “Interatos – Mostra e formação permanente de teatro, dança e circo”. Haverá apresentações de dança e de circo, com entrada gratuita, além de uma oficina na área de teatro, com Ana Rocha (na cidade de Conde). Os espetáculos são realizações do Governo da Paraíba, por meio da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc).
O espetáculo ‘Floreô’, com o Balé Popular da UFPB, poderá ser visto dia 2 de junho, às 19h, no Cine Teatro São José, em Campina Grande. Direção e coreografia são de Maurício Germano. Já o espetáculo circense ‘Experimento Riso’ será dia 3, a partir das 17h, em Mamanguape, com o elenco do grupo Argonautas. A oficina ‘A partir do segundo corpo’ será de 4 a 7 de junho. Inscrições estão abertas na Diretoria de Desenvolvimento Artístico e Cultural (DDAC) da Funesc.
Floreô
Os autos populares, as danças e manifestações folclóricas, bem como as manifestações religiosas e profanas do povo nordestino servem de base para a construção da essência do Balé Popular da UFPB. E foi exatamente nesse contexto que ‘Floreô’ foi construído, a partir de tradições – fontes de inspiração para a construção de seus trabalhos e de suas criações.
O Balé Popular da UFPB foi criado em 1995 como um Projeto de Extensão da Universidade Federal da Paraíba atuando de forma integrada ao NUPPO – Núcleo de Pesquisa e Documentação da Cultura Popular, e também, vinculado à Coordenação de Extensão Cultural – COEX, Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários – PRAC e ao Núcleo de Teatro Universitário – NTU.
Aspectos do cotidiano deste povo, como sua religiosidade, gestos, vestimentas, histórias, afazeres diários, folclore e muito mais são retratados, reinterpretados e representados na construção dos espetáculos. Também caracteriza os trabalhos do Balé Popular, a utilização de personagens típicos do universo popular regional, como retirantes, sem-tetos, lavadeiras, rezadeiras, artistas mambembes, feirantes, contadores de histórias, dentre tantos outros personagens característicos do Nordeste.
O Balé Popular da UFPB já encenou os seguintes espetáculos: ‘O Auto de Nossa Senhora da Luz’, ‘Varal’, ‘A Cura’, ‘Pau-de-Arara’, ‘Jatobá’, ‘Festejos’, ‘Caiçara’, ‘Papangu’ e ‘Encantados’, todos sob a direção do coreógrafo Maurício Germano. ‘Floreô’ também tem direção de Maurício (também responsável por figurinos e adereços). No palco, Márcio Feitosa, Rafaela Cunha, Fabiola Magalhães, Fábio Virgínio, Bruna Lima, Lidiane Albuquerque, João Vitor da Paz e Edivaldo Martins.
Experimento Riso
O espetáculo circense ‘Experimento Riso’ é uma busca de resgatar o público para a arte circense. Apresentação tem quatro atores da Cia. De Teatro Argonautas. Eles fazem uso de cacos e gagues, tendo os circos antigos como fundamentação. A interação é intensa. E todos os elementos são simples, mas bem eficazes.
A simplicidade acontece desde o cenário, que é um pano de fundo com recortes de cores diversificadas, uma lona no chão lembrando o picadeiro, e quatro atores que se desdobram nos variados quadros, como paródias, mágicas simples, mímicas, cenas mudas e dublagens.
O ‘Experimento Riso’ é recheado de muito humor e paródias de canções. Tem duração de 40 min, com montagem de texto e cenas com a colaboração da Cia. de Teatro Argonautas e direção de Tony Silva.
No palco, João Brandão, Marinalva Rodrigues, Epitácio Souza e Sávio Farias. A assistência de direção é de Adriano Marcos, com plano de luz e iluminação de Barretinho. A sonoplastia é de Renato Britto, com Sanzia Márcia na concepção e execução de figurinos. A produção executiva é de Socorro Silva.
Oficina de teatro
A atriz Ana Rocha vai ministrar a oficina ‘A partir do segundo corpo’, de 4 a 7 de junho, na cidade de Conde, no litoral sul paraibano. Ela faz parte do Ateliê de Pesquisa do Ator (APA), promovido pelo Centro Cultural SESC Paraty, no Rio de Janeiro, que possui como orientadores o ator-pesquisador Carlos Simioni (LUME teatro) e o ator e diretor Stephane Brodt (Amok Teatro).
Este projeto se trata de uma oficina de teatro que busca, através do treinamento técnico do ator, alcançar um corpo sensível que potencialize a criação cênica. Esta ação é pioneira no estado da Paraíba, por adotar uma perspectiva artística processual e de contínua duração. Ana Rocha é atriz, mímica e diretora, formada pelo Conservatório Carlos Gomes e pela Universidade de Campinas (SP).
Edição anterior
Mês passado, a programação trouxe atividades na capital paraibana e em duas outras cidades, contando com espetáculos de teatro e circo, além do eixo formativo contemplando a área de dança. A primeira atividade aconteceu com o Grupo Oficina (Sousa-PB), que ministrou a oficina “Circo na Rua”, na Escola Maria Cândido de Oliveira (Cachoeira dos Índios, PB).
Na mesma cidade, teve apresentação do espetáculo “O Circo chegou, na Praça Padre Cícero. Já em João Pessoa, no Teatro Paulo Pontes, foi apresentado o espetáculo “Meu Nome é Enéas – O Último Pronunciamento” (uma produção do grupo Gota Serena, com encenação do ator pernambucano Márcio Fecher. O projeto Interatos também foi ao município de Cajazeiras com a oficina “Formação em Danças Brasileiras: os brinquedos, as culturas populares do frevo e dos caboclinhos”, com o pernambucano Luciano Amorim.