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Internauta flagra mancha escura na praia do Cabo Branco; vídeo

Moradores do bairro de Cabo Branco, em João Pessoa, se depararam com uma mancha escura na praia, na manhã dessa terça-feira (7). Em imagens que foram enviadas para o Instagram do repórter Emerson Machado, da TV Correio, é possível ver a diferença na cor da água.

Órgãos foram procurados pelo Portal Correio para que explicassem a situação, mas nenhum deles soube dizer com clareza o que seria a tal mancha e ainda trocaram responsabilidades entre si.

Confira no vídeo abaixo:

A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) informou que a responsabilidade seria da Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam).

Por meio da assessoria de imprensa, a Semam informou que a mancha poderia se tratar de restos de materiais orgânicos que teriam caído nas galeiras pluviais, como folhas, galhos, ou até mesmo lixo e possíveis ligações clandestinas. Porém, orientou que a reportagem procurasse a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra).

A Seinfra informou que toda segunda, quarta e sexta faz a limpeza dos lançamentos existentes na orla da Capital, mas já citou a Cagepa no caso, dando continuidade a um “jogo de empurra” no repasse de responsabilidades. “Não podemos afirmar com certeza do que se trata a mancha, que pode ser de qualquer coisa, até de sargaços. Se for esgoto, quem responde é a Cagepa”, informou.

Por fim, o órgão lembrou que, juntamente com a Cagepa, Sudema e Semam tem reforçado o trabalho de fiscalização no combate a ligações clandestinas de esgotos na orla.

“Mesmo a gente fazendo esse acompanhamento, junto com a Cagepa, Sudema e Semam de fiscalização e combate a ligações clandestinas de esgotos, qualquer problema relativo a esgoto quem deve ser acionada é a Cagepa”, finalizou.

Poluição das praias

Os problemas com poluição nas praias da Paraíba apenas pioram e, aparentemente, não parecem próximos de serem resolvidos. A cada semana, os relatórios de balneabilidade emitidos pela Sudema indicam quantidades maiores de praias impróprias para banho, algumas delas presentes nesses avisos todas as semanas, como a de Manaíra, na Capital, por exemplo.

Em 2016, o Ministério Público Federal propôs um grupo de trabalho entre órgãos para resolver o problema. Logo depois, no começo de 2017, foi a vez do Tribunal de Contas do Estado cobrar uma solução. No fim de 2018, o assunto voltou a ser tema de discussões, debates e até um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado para que se resolvesse a poluição nas praias, mas já estamos em abril de 2019 e nada de concreto é visível para a população. Um relatório que deveria ter sido finalizado em março não teve o prazo cumprido.

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