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João Pessoa lidera busca por passagens aéreas no país

Com cotação alta do dólar no último ano, os brasileiros passaram a buscar mais por destinos de viagem nacionais. É o que aponta um levantamento feito pelo site Kayak. Segundo a pesquisa, as cidades de João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE) e Brasília (DF) foram as que tiveram maior registro de procura.

Em maio de 2018, 46,7% dos destinos mais procurados eram internacionais frente a 53,3% nacionais. Já no mesmo mês de 2019, houve aumento da procura para férias dentro do Brasil — 60% das buscas.

O líder de operações do Kayak, Eduardo Fleury, diz que a pesquisa mostra que o brasileiro não está deixando de viajar, mas optando por destinos mais econômicos.

“Tradicionalmente o viajante brasileiro prefere — quando possível — viajar para o exterior. Apesar de no Brasil haver inúmeros destinos com enorme potencial turístico para todos os perfis de viajantes, existe uma percepção de que viajar pelo Brasil não é uma experiência tão significativa quanto viajar para fora. O nosso turismo ainda tem muito a desenvolver no que diz respeito à promoção do Brasil para os viajantes brasileiros”, diz Fleury.

A região Nordeste é a que lidera as buscas dos brasileiros. Dentre os 15 destinos nacionais mais buscados no último ano, oito (53,3%) são neste local. Para Fleury, muitas cidades do Nordeste “aparecem como opções mais exclusivas para os viajantes que estão deixando de viajar para fora por uma questão de orçamento”. Fleury também salienta que estados como Ceará, Pernambuco e Bahia estão recebendo grandes investimentos no turismo para atrair novos viajantes.

Já considerando os voos internacionais, Lisboa, Santiago e Buenos Aires são destinos bastante pesquisados.

“Lisboa tem crescido constantemente no interesse dos brasileiros, apresentando-se como uma alternativa mais acessível de destino na Europa – tanto pela questão do preço como pela língua”, diz Fleury. Para ele, o local também investe bastante para patriar brasileiros.

Já Chile e Buenos Aires, “além de não terem o dólar como moeda principal, são mais acessíveis para o turista brasileiro do que destinos nos Estados Unidos ou na Europa, por serem destinos na América Latina. Além, disso, o peso argentino desvalorizou ainda mais do que o real em relação ao dólar. Se apresentam como alternativas para quem, mesmo com um orçamento mais restrito, não quer deixar de viajar para o exterior”.

Mesmo que a busca tenha aumentado segundo a pesquisa, a vice-presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens) Magda Nassar diz que a cotação alta do dólar costuma ter maior impacto na decisão da data de pagamento e não em modificações da viagem em si para os passageiros que fecham os pacotes via agências de viagem.

Para controlar este problema, as empresas criaram mecanismos no mercado para facilitar o pagamento da viagem, como por exemplo, o parcelamento em 10 vezes sem juros. “Com um câmbio instável, nervoso, as pessoas ficaram um pouco assustadas no começo, mas o brasileiro colocou na agenda dele as viagens. Às vezes pode adiar um pouco [a data]”, afirma.

Segundo Nassar, os destinos internacionais mais procurados em julho, período de alta temporada, são Chile, Argentina, Orlando e Nova York. Já destinos do nordeste são os nacionais mais atrativo. “Nordeste é um destino de desejo número 1 dos brasileiros”, afirma Nassar.

Como organizar a viagem

Para Nassar, a antecedência é fundamental para que o passageiro consiga se organizar, tanto para incluir todos os destinos e passeios que deseja no roteiro como organizar as finanças.

“Quando chega no destino, o custo é geralmente de alimentação”, afirma, explicando que está é a realidade de quem compra pacotes de viagem com agências. “A pessoa vai fazer uma viagem cômoda, super organizada, sem nenhum percalço financeiro”, diz.

Fleury afirma que acompanhar a evolução dos preços das passagens aéreas com cerca de seis meses de antecedência garante encontrar melhores preços. Segundo histórico do Kayak “a antecedência ideal para se comprar passagens nacionais é de um mês; para internacionais, de 3 ou 4 meses. Comprando com essa antecedência, os viajantes podem garantir uma economia de até 15 a 25% no valor das passagens”.

Prestar atenção no dia e horário dos voos também pode garantir bons descontos. Fleury orienta que os consumidores evitem “horários de pico” de voos, como ir em uma sexta e voltar no domingo. Voos com escalas tendem a ser mais baratos.

*Giuliana Saringer, do R7

 

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