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Jovem diz ter sido agredido por PMs em festa na Paraíba

Um bacharel em Direito denunciou ter sido agredido com um golpe no pescoço e com spray de pimenta por policiais militares durante a festa de São João no município de Cuité, Agreste paraibano, a 227 quilômetros de João Pessoa.

O caso teria acontecido no dia 24 de junho após a vítima, Ronaldo Silva, ter sido abordada por um segurança em um dos portões da festa ao tentar no local com um copo de bebida.

“O segurança não quis deixar que eu entrasse e disse que eu deveria tomar a bebida, porque era proibido entrar. Eu estava dizendo que isso estava errado e que não teria o menor cabimento, mesmo que fosse uma festa particular, qualquer um poderia entrar. Esse segurança não entendeu, veio para cima de mim e derramou o copo. Depois ele saiu irritado e eu entrei com o copo vazio”, relatou Ronaldo através de um vídeo postado via rede social.

 

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Uma publicação compartilhada por Ronald Silva (@ronald_silva07) em

Conforme a vítima, cinco minutos após o ocorrido com o segurança, policiais militares chegaram à mesa onde ele estava e o abordaram. Os policiais teriam agido de forma truculenta, pediram que ele levantasse as mãos e o retiraram da festa puxando-o pelo pescoço.

“Os policiais chegaram dizendo várias coisas e eu e minha família tentando entender o que estava acontecendo. Me expuseram ao ridículo na frente de todos. Me puxaram para fora da festa e quando eu estava tentando argumentar e entender o que estava acontecendo, um policial veio de longe e jogou spray de pimenta no meu rosto. Eles disseram que aquilo estava acontecendo porque eu havia derramado bebida no segurança”, disse Ronaldo.

Além das redes sociais, Ronaldo também relatou o ocorrido em uma denúncia ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) e disse que vai fazer um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil.

“Uma situação como essa é inadmissível. Cobro uma posição do Governo do Estado, da Prefeitura de Cuité e do Batalhão da Polícia. Situações como essa de abuso de autoridade e lesão corporal por parte do Estado é inadmissível. O Estado está para suprir a necessidade da minha segurança e não para me agredir”, afirmou Ronaldo.

O comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar em Cuité, coronel Afonso Galvão, disse ao Portal Correio que é necessário que a vítima procure a PM para registrar a situação e possibilitar uma investigação

“Não fomos procurados pela pessoa que alega os fatos. Isso é necessário para que ela faça um registro formal da situação para que a gente possa investigar. Dependemos dessa procura dele, sem isso não tenho como instaurar o procedimento”, pontuou o coronel.

Após os contatos do Portal Correio, Ronaldo Silva disse que procurou a Ouvidoria da Polícia Militar para registrar o caso, nessa segunda-feira (1º).

Outro caso de agressão

Em outro caso recente, um jovem levou um tapa de um PM durante uma manifestação em Campina Grande. O policial militar foi afastado das atividades operacionais.

Segundo o corregedor-geral da Polícia Militar, coronel Severino do Ramo Gerônimo, o PM ficará fora das ruas enquanto estiver sendo investigado, mas seguirá desempenhando trabalhos administrativos da corporação.

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