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Metade dos jovens da Paraíba se alimenta mal

Os adolescentes da Paraíba acompanhados pela atenção básica do SUS estão se alimentando mal. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), apontaram que, em 2017, 54% deles consumiram produtos industrializados, como macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado. Além disso, 38% desses jovens ingeriram hambúrguer e/ou embutidos, e 51% biscoitos recheados, doces ou guloseimas. Os números foram divulgados na terça-feira (16), em alusão ao Dia Mundial da Alimentação.

Para o coordenador substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Nilson, os jovens precisam se atentar mais à alimentação adequada. “Dados revelam que adolescentes com obesidade aos 19 anos têm 89% de chance de ser obeso aos 35 anos, por isso é necessário investir na promoção de uma alimentação adequada e saudável, especialmente na infância e na adolescência, tendo em vista a relação de práticas alimentares inadequadas com o aumento da obesidade na população”.

Quando se observa por sexo, os percentuais mostram que o consumo de alimentos doces recheados/guloseimas não se diferenciam, sendo igual em ambos o sexo dos adolescentes da Paraíba. Eles são preferência de 50% deles e 50% delas.

O balanço de acompanhamento também trouxe dados por região, que mostram que 51% dos adolescentes do Nordeste consumiram produtos industrializados, como macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado; 38% consumiram hambúrguer e/ou embutidos e 46% biscoitos recheados, doces ou guloseimas.

A região Norte apresenta o menor percentual. Já o Sul do país é o que apresenta a maior quantidade de jovens consumindo hambúrguer e/ou embutidos; macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado, com 54% e 59% respectivamente. Quando o assunto são biscoitos recheados ou guloseimas, a região Sul, também está na frente (46%), mas empatada com os jovens nordestinos (46%).

Os maus hábitos à mesa têm refletido na saúde e no excesso de peso dos adolescentes. Números da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) trouxeram que 7,8% dos adolescentes das escolas entre 13 e 17 anos estão obesos, sendo maior entre os meninos (8,3%) do que nas meninas (7,3%). O Sisvan revela que 8,2% dos adolescentes (10 a 19 anos) atendidos na Atenção Básica em 2017 são obesos.

Incentivo a hábitos saudáveis

O incentivo para uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Para apoiar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, o Ministério da Saúde publicou em 2014 o Guia Alimentar para a População Brasileira que traz as diretrizes nacionais e as recomendações sobre alimentação adequada e saudável. Dentre elas, a regra de ouro que facilita a aplicação das recomendações – “Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados”.

Para proteger trabalhadores (as) do Ministério da Saúde e de outros órgãos, a pasta publicou uma Portaria proibindo venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo dentro das dependências do Ministério.

O órgão também participou da assinatura da portaria de Diretrizes de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável no Serviço Público Federal. Sugerida pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, a diretriz orienta formas da alimentação adequada e saudável nos ambientes de trabalho do serviço público federal. Além disso, constrói uma campanha pela adoção de hábitos saudáveis chamada Saúde Brasil.

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